segunda-feira, 29 de agosto de 2011


Segunda-feira, 29 de Agosto de 2011.

APOSTILA DE CÁLCULO DE MEDICAMENTOS

Hoje estamos postando uma apostila de cálculo de medicamentos.
É uma apostila pequena, mas muito interessante.
Para baixar a apostila, acesse o link abaixo.


http://www.4shared.com/document/eswN71Ez/calculo_de_medicamentos.html

Segunda-feira, 29 de Agosto de 2011.

SISTEMA CARDIOVASCULAR


CORAÇÃO

O coração é um órgão muscular oco que se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda.
O coração humano, como o dos demais mamíferos, apresenta quatro cavidades: duas superiores, denominadas átrios (ou aurículas) e duas inferiores, denominadas ventrículos. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito através da válvula tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdo através da válvula bicúspide ou mitral.A função das válvulas cardíacas é garantir que o sangue siga uma única direção, sempre dos átrios para os ventrículos.O processo de contração de cada câmara denomina-se sístole. O relaxamento, que acontece entre uma sístole e a seguinte, é a diástole.

CIRCULAÇÃO SANGÜÍNEA

FUNÇÃO DA CIRCULAÇÃO:
Atender as necessidades dos tecidos;
Transportar nutrientes para os tecidos;
Transportar produtos finais do metabolismo para longe dos tecidos;
Transportar hormônios de uma parte do corpo para outra.
Manter ambiente adequado nos líquidos teciduais, para a sobrevida e funcionamento das células.
SANGUE

O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em uma pessoa normal sadia, cerca de 45% do volume de seu sangue são células (a maioria de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares. Este movimento circulatório do sangue ocorre devido à atividade coordenada do coração, pulmões e das paredes dos vasos sanguíneos. O sangue transporta ainda muitos sais e substâncias orgânicas dissolvidas. No interior de muitos ossos, há cavidades preenchidas por um tecido macio, a medula óssea vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas.
Glóbulos vermelhos: os glóbulos vermelhos são corpúsculos vermelhos do sangue. Um milímetro cúbico do sangue contém cerca de cinco milhões de corpúsculos ou glóbulos vermelhos, chamados também de eritrócitos ou hemácias. Uma variação de 4 a 6 milhões é considerada normal e uma de 8 milhões pode ser encontrada em indivíduos que vivem em regiões de grande altitude. Esse número pode ser menor que 1 milhão em caso de anemia grave. Os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina.

Hemoglobina: a hemoglobina é constituída por um pigmento vermelho chamado heme, que dá a cor vermelha característica do sangue. É um pigmento especial predominante no sangue, cuja função é transportar o oxigênio. Transporta o oxigênio dos pulmões até os tecidos do corpo. Depois, inverte sua função e recolhe o dióxido de carbono, transportando-o até os pulmões para ser expirado.

Plaquetas: as plaquetas são pequenas massas protoplásticas anucleares, que aderem à superfície interna da parede dos vasos sanguíneos no lugar de uma lesão e fecham o defeito da parede vascular. Tem cerca de 200.000 a 300.000 plaquetas, denominadas trombócitos, no sangue.

Glóbulos Brancos: no sangue, temos de 5.000 a 10.000 corpúsculos ou glóbulos brancos (células brancas do sangue), que recebem o nome de leucócitos. De 4.000 a 11.000 glóbulos brancos por mm3. São de vários tipos principais:
Neutrófilos - Que fagocitam e destroem bactérias;
Eosinófilos - Que aumentam seu número e se ativam na presença de certas infecções e alergias; Basófilos - Que segregam substâncias como a heparina, de propriedades anticoagulantes, e a histamina;
Linfócitos - Que desempenham um papel importante na produção de anticorpos e na imunidade celular; Monócitos - Que digerem substâncias estranhas não bacterianas.

VASOS SANGÜÍNEOS: Atuam como sistema fechado de condutos passivos, que leva sangue aos tecidos , onde os nutrientes e os produtos finais do metabolismo são trocados, e promove-lhe o retorno. Participam ativamente da regulação do fluxo sangüíneos para os órgãos.

O CIRCUITO
sangue oxigenado enche o ventrículo esquerdo.
Sangue é ejetado do ventrículo esquerdo para a aorta.
O débito cardíaco é distribuído pelos diversos órgãos.
O fluxo sangüíneo dos órgãos é coletado pelas veias.
Retorno venoso para o átrio direito.
Sangue misto enche o ventrículo direito para a artéria.
O sangue é ejetado pelo ventrículo direito para as artérias pulmonar.
O fluxo sangüíneo dos pulmões retorna ao coração por meio das veias pulmonar.

HEMODINÂMICA

Este termo designa os princípios que governam o fluxo sangüíneo, no sistema vascular. Estes princípios físicos são os mesmos que se aplicam ao movimento dos fluidos em geral.
Os conceitos de fluxo, pressão, resistência e capacitância são aplicados ao fluxo sangüíneo para o coração e do coração para os vasos.

TIPOS E CARACTERÍSTICA DOS VASOS SANGÜÍNEOS

ARTÉRIAS:

· A aorta é a maior delas;
· Artérias médias e pequenas se ramificam das da aorta;
· A função das artérias é levar sangue oxigenado para os órgãos.
· São estruturas com paredes grossas e extenso desenvolvimento de tecido elástico, músculo liso e tecido conjuntivo.
· A espessura da parede da arterial é característica especial pois recebem sangue diretamente do coração e estão submetidas a altas pressões atuantes sobre os vasos sangüíneos.
· O volume de sangue, contido nas artérias é chamado de volume estressado
( significando que o volume de sangue está submetido a altas pressões).

ARTERÍOLAS:
· São os menores vasos arteriais.
· Suas paredes apresentam extenso desenvolvimento do músculo liso e estas paredes estão tonicamente ativas (sempre contraído).
· São locais de alta resistência ao fluxo sangüíneo.
· São amplamente inervados por fibras nervosas simpáticas ( Adrenérgica a , b 2 e colinérgicos muscarínicos).

CAPILARES:
· Os capilares são estruturas de paredes muito delgadas, revestida de um só camada de células endoteliais, circundada por uma lâmina basal.
· Os capilares são os locais onde os nutrientes, gases, água e solutos são trocados entre sangue e os tecidos.
· As substâncias lipossolúveis ( O2 CO2) cruzam a parede do capilar por se dissolverem e se difundirem pelas membranas das células endoteliais.
· As substâncias hidrossolúveis (íons) cruzam as paredes do capilar por meio de fenda (espaços) entre células endoteliais ou por grandes poros (capilares fenestrados).
· Nem todos os capilares são todo tempo perfundidos com sangue. Ocorre perfusão seletiva dos leitos capilares dependendo das necessidades metabólicas dos tecidos.

VÊNULAS E VEIAS:
· As vênulas são estruturas de paredes finas.
· As veias são formadas pela camada usual de células endoteliais e pequenas quantidades de tecido elástico, músculo liso e tecido conjuntivo.
· As veias têm capacitância muito grande (capacidade para armazenar sangue).
· As veias contêm a maior porcentagem de sangue de todo sistema cardiovascular.
· a porcentagem de sangue contido nas veias é chamado volume não-estressado (submetido a baixas pressões).
· O músculo liso das paredes das veias como o das arteríolas é inervado por fibras nervosas simpáticas. O ­ da atividade nervosa simpática provoca contração das veias assim reduz a capacitância e por conseguinte reduz o volume não estressado.

CIRCULAÇÃO PORTAL
A circulação portal é um sistema auxiliar do sistema nervoso. Um certo volume de sangue procedente do intestino é transportado para o fígado, onde ocorrem mudanças importantes no sangue, incorporando-o à circulação geral até a aurícula direita.

CIRCULAÇÃO PULMONAR
O sangue procedente de todo o organismo chega à aurícula direita através de duas veias principais; a veia cava superior e a veia cava inferior. Quando a aurícula direita se contrai, impulsiona o sangue através de um orifício até o ventrículo direito. A contração deste ventrículo conduz o sangue para os pulmões, onde é oxigenado. Depois, ele regressa ao coração na aurícula esquerda. Quando esta cavidade se contrai, o sangue passa para o ventrículo esquerdo e dali, para a aorta, graças à contração ventricular.

CIRCULAÇÃO LINFÁTICA
A diferença de pressão na parte do capilar que conduz sangue arterial é maior que a diferença no lado venoso, sendo assim, a quantidade de líquido que sai do capilar é maior do que a quantidade que volta, então o excesso de líquido que sai do capilar é maior do que a quantidade que volta.

FUNÇÕES DA LINFA
Recolher proteínas que podem vazar dos capilares devolvendo-as ao sangue.
Absorve gorduras do intestino além de defesas.

A ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO

Nódulo sinoatrial (SA) ou marcapasso ou nó sino-atrial: região especial do coração, que controla a freqüência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior e é constituído por um aglomerado de células musculares especializadas. Devido ao fato do nódulo sinoatrial possuir uma freqüência rítmica mais rápida em relação às outras partes do coração, os impulsos originados do nódulo SA espalham-se para os átrios e ventrículos, estimulando essas áreas tão rapidamente, de modo que o ritmo do nódulo SA torna-se o ritmo de todo o coração; por isso é chamado marcapasso.Sistema De Purkinje: embora o impulso cardíaco possa percorrer perfeitamente todas as fibras musculares cardíacas, o coração possui um sistema especial de condução denominado sistema de Purkinje.

ATUAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO NO CORAÇÃO

O sistemanervoso que atua no coração é o sistema nervoso autonomico simpatico e parassimpatico. Simpatico: taquicardia( aumento da frequencia cardiaca), aumento da força de contração,aumento do fluxo sangüíneo através dos vasos coronários visando a suprir o aumento da nutrição do músculo cardíaco(diminuição do debito). O simpatico atua no processo de luta ou fuga. Quando a disturbios fisiologicos como hipertensão a descarga simpatica fica aumentada. Parassimpatico:bradicardia(diminuição da frequencia cardiaca), diminuição da força de contração, diminuição do debito cardiaco. O parassimpatico geralmente atua nos processos de repouso. Na hipotensão o parassimpatico tem predominancia em relação ao simpatico.

REFERÊNCIA:

http://fisiologiaunifor.blogspot.com/2007/04/sistema-cardiovascular.html

FISIOLOGIA CELULAR


FISIOLOGIA CELULAR

Cerca de 45% a 70% da massa corpórea é formada por água. A água é inversamente proporcional a quantidade de gordura corpórea. As mulheres apresentam menor volume de água corpórea em relação ao home, já que ela apresenta maior porcentagem de tecido adiposo.

DESTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NO CORPO

Meio Intracelular à cerca de 2/3 dos líquidos se encontram no meio intracelular.
Meio Extracelular à cerca de 1/3 dos líquidos encontram-se no meio extracelular. Plasma e liquido intersticial.

O pH no meio intracelular é mais acido do que no meio extracelular. No intracelular o pH é de 7.0 e no extracelular e 7.4. A osmolaridade promove o equilíbrio entre o meio extracelular e o meio intracelular, no meio intra e extracelular essa osmolaridade é de 300 m/osm/ L.

COMPONENTES DO MEIO INTRA E EXTRACELULAR

O meio intra quanto o extracelular é formado tanto por líquidos quanto por eletrólitos e a regulação dessa quantidade desses no meio intra e extra é chamado de Homeostasia que significa o equilíbrio entre os dois meios.
Principal cátion do LEC é o Na+ e o ânion que contrabalança é o Cl- e bicarbonato.
Principal cátion do LIC K+ e Mg²+ e ânion são as proteínas e fosfatos orgânicos.

Obs: O cálcio fica localizado nos retículos sarcoplasmatico, daí pouca concentração no meio intracelular.

ELETRONEUTRALIDADE DOS COMPARTIMENTOS LIQUIDOS DO CORPO

Cada compartimento líquido do corpo obedece a regra da eletroneutralidade. Cada compartimento tem a mesma quantidade de cátions e ânions. Mesmo que haja uma diferença de potencial, o balanço entre as cargas se mantém maciças.

COMPOSIÇÃO DA MEMBRANA PLASMATICA

A membrana plasmática é formada de ácido graxo parte hidrofóbica e glicerol parte hidrofílica, o que a caracteriza como uma membrana anfipática.

Bicamada de lipídios - 55% fosflipidios
25% colesterol
13% outros lipídios ( trigliceridios)
4% carboidratos
Essa composição lipidica da membrana é responsável pela manutenção da permeabilidade, sendo altamente permeável a substancias lipossolúveis e baixa permeabilidade a substâncias hidrossolúvel.
Depois da água as proteínas são as 2ª maiores composições da massa corpórea. A proteína na membrana serve como transporte para varias substancias hidrossolúveis que não conseguem passar pela bicamada lipidica da membrana plasmática, enzimas, e receptores para hormônios.

TIPOS DE PROTEÍNAS
CANAIS AQUOSOS: transporta substancias do meio intra para o extra e vise – versa sem muito gasto de energia.
PROTEÍNAS PERIFERICAS: encontram-se localizadas nas extremidades da membrana e serve como receptores, mandando sinais para o interior da célula.
PROTEÍNAS INTEGRAIS: atravessam a membrana toda e serve para transporte de substancias hidrossolúveis.

DIFERENÇAS QUE AFETAM NA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA

Espessuraà quanto maior a espessura menor a difusão.
Lipossolubilidadeà Quanto mais lipossolúvel maior a difusão.
Numero de canais protéicosà o numero de canais e proporcional a área da membrana.
Temperaturaà quanto maior a temperatura maior a difusão.
PM das substancias difusorasà quanto maior PM menor a difusão.

Obs: A temperaturaá torna a membrana mais permeável ao sódio promovendo uma despolarização o que leva as convulsões quando essa temperatura excede aos níveis normais de 36° a 36,6°C.

EQUILIBRIO DE GIBBS – DONNAN

É o equilíbrio entre as cargas positivas e negativas presente na membrana. O plasma é composto de proteínas plasmáticas (exemplo albumina), essas proteínas têm cargas negativas que promove a redistribuição dos pequenos cátions e ânions, através da parede do capilar. Quando esse plasma é filtrado, ou seja passa dos vasos para os tecidos ele se transforma em liquido intersticial , esse liquido não possui as proteínas plasmáticas que ficam retidas dentro do vaso o que leva a conseqüências secundarias ao equilíbrio da eletroneutralidade.

TRANSPORTE ATRAVES DA MEMBRANA

TRANSPORTE PASSIVO: SIMPLESà movimento cinético de íons ou moléculas nos espaços intermoleculares.
FACILITADA: à movimento de íons ou moléculas com ajuda de proteínas carreadoras.
Toda forma de transporte mediado por carreador tem três características: saturação, estéreo-especificidade, competição.

TRANSPORTE PASSIVO: realizado através do interstício da membrana. Ex: substancias lipossolúveis O2, CO2 ou canais aquosos em proteínas carreadoras.
TRANSPORTE ATIVO:
PRIMÁRIO: utiliza energia diretamente do ATP. Ex: bomba sódio potássio ATPase ( exerce controle no volume celular e mantém o potencial de ação) e Ca2+ ATPase.
SECUNDÁRIO: Co-transporte e contratransporte.

OSMOSE: é o fluxo de água através da membrana semipermeável, devido a diferença de concentração de solutos. Essa concentração leva a uma diferença pressão osmótica e essa dessa pressão faz com que a água flua por osmose.
PRESSÃO OSMOTICA: é a pressão necessária para impedir o fluxo de água pela membrana semipermeável.

CANAIS IONICOS: são proteínas integrais que quando aberto permite a passagem de certos íons, sendo seletivos. Esses canais são controlados por comportas. Tipos de canais:
CANAIS VOLTAGEM DEPEDENTE: são controladas pela variação de potencial de membrana.
CANAIS LIGANDO DEPENDENTE: depende da ligação da molécula para se abrir, essas podem ser hormônios, neurotransmissores e segundo mensageiro.
POTENCIAL DE DIFUSÃO: É a diferença de potencial gerada na membrana quando o íon se difunde.
POTENCIAL DE EQUILIBRIO: as forças químicas e elétrica age nas cargas iguais mais opostas levando ao equilíbrio.
PERIODO REFRATARIO:
ABSOLUTO: no período refratário absoluto um potencial de ação não ocorre enquanto o ultimo não estiver cessado.
RELATIVO: pode gerar um outro potencial de ação, mas se o estimulo for grande o suficiente para atingir o limiar. Esse potencial tem que ser de –40mV.

POTENCIAL DE AÇÃO
O potencial de ação é um fenômeno das células excitáveis, consistindo em despolarização seguida por repolarização.
PROPAGAÇÃO: ocorre na mesma intensidade de estímulo. A propagação ocorre de maneira continua onde despolariza e repolariza até o destino.
VELOCIDADE DE CONDUÇÃO: envolve a constante de tempo. Essa tem que ser menor para que a velocidade de condução seja rápida. A velocidade de condução também depende da resistência. Quanto maior a resistência, menor a área, mais lenta a propagação.
FIBRAS AMIELINIZADAS: a velocidade de propagação é lenta, pois o potencial percorre por toda fibra numa alta resistência. Velocidade de 0.25m/s.
FIBRAS MIELINIZADAS: a mielina aumenta a resistência periférica, só que não diminui a velocidade de condução, pois o potencial de ação vai percorrer por junções comunicantes ( Nodo de Ranvier), onde tem uma resistência menor, daí a velocidade de propagação é rápida. Essa propagação é chamada de saltitante.

TIPOS DE SINAPSES
ELETRICA: a corrente flui de uma célula excitável para a seguinte via de baixa resistência ( junções comunicantes). É encontrado no músculo liso e cardíaco.
QUIMICA: é transmitida através da fenda sináptica pelo neurotrasmissor, sendo unidirecional, da célula pós sináptica para a pré sináptica.

JUNÇÃO NEUROMUSCULAR:
UNIDADE MOTORA:
Motoneurônio: São as células cujos os nervos suprem as fibras musculares
Unidade Motora: Um só motoneurônio e todas as fibras que este inerva.

1. Os potenciais de ação se propagam ao longo do axônio. Essa propagação do potencial vai atingir a fenda pré - sináptica onde vai induzir abertura dos canais de cálcio, esse cálcio influi para a terminação, ao longo do seu gradiente eletroquímico.
2. A entrada de Ca2+, promove a liberação de acetilcolina, sintetizada e armazenada em vesículas neurais.
3. A Ach se difunde através da fenda sináptica até a pos – sináptica, onde se liga ao receptores nicotínicos, esse sendo ligando dependente. Essa ligação vai induzir modificação da estrutura do receptor onde vai gerar a ativação e induzindo a abertura dos canais de Na+ e K+ .
4. Quando os canais de Na+ e K+ , ele irão se difundir e o Na+ irá causar uma despolarização da placa motora gerando um potencial de ação que se propaga ao longo da fibra.
5. Essa placa só atinge o potencial de repouso quando a Ach é degradado em colina + acetato pela acetilcolinesterase.
AGENTES QUE ALTERAM O FUNCIONAMENTO DA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR

Tóxina botulínica - Bloqueia a liberação de Ach pelas terminais pré-sinápticas.
Curare- Compete pelos receptores nicotínicos daplaca motora diminuindo o PPM.
D- tubocurarina- compete com a Ach nos receptores e é usada para relaxar a musculatura Esquelético.
Inibidores da acetilcolinesterase- Neostigmina, impede a degradação da Ach na fenda sináptica. Prolonga e aumenta a ação da Ach.Usada para tratar Miastenia gravis.
Miastenia gravis- Doença que leva a uma fraqueza do músculo esquelético e fadigabilidade. Os receptores de Ach são bloqueados por anticorpos.
Hemicolínio- Bloqueia a recaptação da colina pela terminal pré- sináptica.

TIPOS DE DISPOSIÇÃO DAS SINÁPSES
Sinapses de um para um
Sinapses de um para muitos ( O motoneurônio produz rajada de PA na célula pos-sináptica)
Sinapses de muitos para um (muitas células pré-sinápticas convergem para uma pós-sináptica
A Entrada Sináptica – Potenciais Pós sinápticos Excitatório e Inibitório
Potenciais Pós sinápticos Excitatório – despolarizam células pós-sinápticas (PPSEs) -abertura de canal de Na+
Neurotransmissores: noradrenalina (NA), Acetilcolina (Ach), Dopamina, epinefrina e serotonina.
Potenciais Pós sinápticos Inibitório- Hiperpolarizam a célula pós-sináptica (PPSIs) - abertura de canal de Cl-
Neurotransmissores: gama-aminobutírico (GABA) , Glicina.

INTEGRAÇÃO DA INFORMAÇÃO SINÁPTICA
Somação Espacial
Duas entradas pré-sinápticas chegam à célula pós-sináptica ao mesmo tempo.
Somação Temporal
Duas entradas pré-sinápticas chegam à célula pós-sináptica em rápida sucessão.

OUTROS FENÔMENOS QUE ALTERAM A ATIVIDADE SINÁPTICA
Facilitação, aumentação e potenciação pós-tetânica.
Talvés por acúmulo de Ca++.
Fadiga sináptica estimulação repetitiva produz resposta menor do que a esperada.
REFERÊNCIA:
LINDA S. CONSTANZO. Fisiología . Guanabara Kogan, Rj 1995.
Conteúdo retirado do material didático da professora Edlene Felix

terça-feira, 21 de junho de 2011

Normas da ABNT para monografia, e suas estruturas principais.


AS PARTES DE UM TRABALHO:


CAPA:

É a cobertura do trabalho, e nela deve-se colocar:
Nome da Faculdade e seu respectivo logotipo
Título ou nome do tema do trabalho
Nome do aluno
Data e mês do ano.
Nome do Aluno
Título ou nome do tema do trabalho
Em um cantinho da folha deve constar ä que se destina o trabalho, e o nome do professor que está orientando na elaboração do mesmo.
Data mês e ano.
No caso de Teses e Dissertações, o verso da folha de rosto devem conter a ficha catalográfica do trabalho.

DEDICATÓRIA:

é feita como uma forma de homenagear-se algum parente, professor, ou alguma pessoa ligada a você sentimentalmente.

AGRADECIMENTO:

Os agradecimentos devem ser dirigidos à aqueles que realmente contribuíram de maneira relevante para a elaboração do seu trabalho, e pode ser dirigido a personalidades do mundo acadêmico, à professores, colegas ou alunos.

RESUMO:

É a apresentação concisa do conteúdo do trabalho, na sua língua original, sendo que algumas faculdades exigem que seja feito também em inglês, por ser considerada uma língua franca mundial.
O resumo também recebe os nomes de resumo analítico, sinopse ou abstract.

SUMÁRIO:

É relação dos capítulos e seções do trabalho, na ordem em que aparecem, incluindo a numeração do titulo ou capítulo ou seção, número da página inicialmente ligada ao título por linha pontilhada.

TEMA OU TÍTULO DO SEU TRABALHO:

Como dissemos inicialmente Monografia é a exposição exaustiva de um problema ou assunto específico, investigado cientificamente.
Antes de escolher um tema verifique se existe farto material para sua consulta, se acaso estiver fazendo um trabalho de caráter bibliográfico.
Nunca escolha um tema que você não domine, ou não tenha um conhecimento razoável do mesmo, pois se você tiver que apresentá-lo a uma banca, estará mais exposto a emprevistos.

INTRODUÇÃO:

A introdução é a parte do texto onde o assunto é apresentado como um todo sem detalhes. Deve conter exposição dos objetivos, formulação de hipóteses e delimitação do assunto tratado.

CORPO DE TRABALHO:

É o desenvolvimento do assunto constituído de capítulos, seções e parágrafos.
Se você estiver fazendo um trabalho a nível bibliográfico, ou seja, baseado em outros autores deverá ao final da transcrição também chamada de citação ,colocar entre parênteses o nome do autor, e do ano, ou seja, deverá citar de onde tirou tal informação

PAGINAÇÃO:

A capa, contra capa, dedicatória, agradecimento e sumário, são contadas mas não são numeradas.
Só se coloca número de páginas na segunda folha depois da introdução.

FIGURAS E TABELAS:

As figuras compreendem: desenhos, fluxogramas, fotografias, organogramas, etc. Devem ter numeração consecutiva em algarismos arábicos, sem distinção entre os diferentes tipos. As legendas devem ser localizadas logo abaixo das figuras, precedidas da palavra "FIGURA" e do número de ordem.
As tabelas constituem uma categoria específica de ilustração. O título da tabela deve figurar na parte superior da mesma, precedido da palavra "TABELA" e da numeração em algarismo arábico, e ser auto-explicativo indicando onde e quando o fato foi estudado.
Pode-se fazer uso de notas e chamadas colocadas no rodapé da tabela, quando a matéria contida na mesma exigir esclarecimentos. As tabelas nunca são fechadas por linhas laterais.
Tanto as figuras, quanto as tabelas devem ser inseridas o mais próximo possível do texto a que se referem, e após sua menção.

ANEXOS:

material suplementar ao texto colocado após o mesmo para fins de esclarecimento ou documentação. A paginação dos anexos continua a do texto. Os anexos são numerados com algarismos arábicos, seguidos do título.

CONCLUSÃO:

Deve ser fundamentada no texto de seu trabalho, devendo conter deduções lógicas que correspondam aos objetivos da pesquisa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

citação das fontes bibliográficas utilizadas pelo autor, organizadas alfabeticamente e numeradas em ordem crescente, ou por ordem de aparecimento no texto.
Na lista de Referências Bibliográficas só constam as fontes citadas no texto. Caso seja conveniente incluir material sem menção específica no texto, isto deve ser feito sob o título de Obras Consultadas ou Bibliografia Recomendada.
Na referência bibliográfica, a segunda linha e subseqüentes iniciam sob a terceira letra da primeira linha.
A entrada é feita pelos sobrenomes em maiúsculo dos autores, separados por ponto e vírgula, mencionados na ordem em que aparecem na publicação.
Quando a obra tem até três autores, todos são colocados na entrada. Quando há mais de três, colocam-se até os três primeiros, seguidos da expressão "et ai.".
Sendo necessária, pode-se mencionar todos os autores do trabalho, mas este procedimento tem que ser igual para todas as referências bibliográficas.
Quando a obra é escrita por diversos autores e está sob a responsabilidade de um Editor, Organizador ou Coordenador, a entrada é pelo sobrenome deste responsável acompanhado entre parênteses pela abreviatura da função editorial.

EXEMPLOS:

SCHENKEL, E.P. (Org.)
GENNARO, A.R. (Ed.)
No caso de obras de responsabilidade de Organizações ou outro tipo de Instituição, a entrada é feita pelo nome da Instituição todo em maiúsculas.


Exemplo: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Órgãos governamentais entram pelo local de sua jurisdição. Seções subordinadas são mencionadas após o nome da Instituição, separadas por ponto e com iniciais maiúsculas.
Exemplo: BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria de Contabilidade.
Nome do aluno Monografias consideradas no todo: livros, folhetos, separatas, dissertações.

COM AUTORIA.:

Modelo :. Autor. Título. Edição. local: editora, ano de publicação.

Exemplos:
KOROLKOVAS, Andrejus; BURCKALTER, Joseph. Química Farmacêutica. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 1987.
ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Uso de Medicamentos Esenciales. Ginebra,1985. (Sede de Informes Técnicos, 685)
GILMAN, A.G. et ai. (Ed.) Goodrnan e Gilman as bases farmacológicas da terapêutica.8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1 990.

Sem autoria específica:
Modelo: Título. Edição. local: editora, ano de publicação. Exemplos:
FARMACOPÉIA Brasileira. 4.ed. São Paulo: Atheneu, 1988.
PHYSICIAN'S Desk Reference. 42.ed. Oradeli: Medical Economics, 1988.
Anais de Congresso

Modelo: TÍTULO DO ENCONTRO, número do Congresso, ano, local. Referência da publicação.

PARTES DE MONOGRAFIA

Sem autoria específica na parte:.

Modelo: AUTOR DO LIVRO. Título. Edição. local: Editora, ano de publicação. localização da parte referenciada ( volume, título do volume, capítulo, páginas inicial e final)
Exemplo:
FARMACOPÉIA Brasileira. 4.ed. São Paulo: Atheneu, 1988. Pt. 1, cap. V.3.4.
REYNOLDS, J.E.F. (Ed.) Marfindale the Extra Pharmacopoeia. 29.ed. London:Pharrnacoutical Press, 1989. Pt.l, p.1-13.

Com autoria na parte:

Modelo: AUTOR da parte. Título da parte. ln: AUTOR do livro. Título do livro. Edição. Local: Editora, ano de publicação. Localização da parte referenciada(volume, etc.)

Exemplo:
SONNEDECKER, G. Evolution of Pharmacy. ln: GENNARO, A.R. (Ed.) Remington's Pharmaceutical Sciences. 17.ed. Easton, Mack, 1985. Cap. 2, p. 8-18.
Trabalhos publicados em Anais de Congressos, Simpósios, etc.

Exemplo:
PILLI, R.A.; MURTA, M.M.A. A stereose approach to the total synthesis of invietolide. ln: SIMPOSIO BRASIL-CHINA DE QUIMICA E FARMACOLOGIA E PRODUTOS NATURAIS, 1, 1989, Rio de Janeiro. Programas e Resumos... Rio de Janeiro:0swaldo Cruz, 1989. p. 38.

ARTIGOS PERIÓDICOS

Modelo: AUTOR do artigo. Título do artigo. Título do periódico, local, número do volume, número do fascículo, páginas inicial e final, mês e ano.

Exemplo:
OLIVEIRA, Denise Soares. lnteração medicamentosa: parte 1. Caderno de Farmácia, Porto Alegre, v.2, n.1, p. 3-20,1986.
BULAS
Modelo: NOME DO LABORATÓRIO. Nome do medicamento. Local de fabricação, data, número de folhas. Bula.
Exemplo:
QIF. Amidalin. São Paulo, 1986. 1f. Bula

PATENTES

Modelo: NOME DO DEPOSITANTE, Nome do Inventor, Nome do Titular. Título da patente, na língua original. Classificação internacional da patente. Sigla do país, seguida do número da patente. Date do depósito. Indicação da publicação onde foi citada a patente, se for o caso.

Exemplo:
COMMODITIES TRADING AND DEVELOPMENT LIMITEED. Processo e instalação para alcalinizar e pasteurizar as sementes de cacau antes de seu esmagamento. lnt. Cl. A 23G1/02. BR n. Pi 8002165. 2 abr. 1980. Revista da Propriedade Industrial, Rio de Janeiro, n.527, p. 15, 25 nov. 1 980.

MATERIAL PESQUISADO EM BASE DE DADOS
Modelo: AUTOR do artigo. Título do artigo. Título do periódico, local, volume, número, páginas inicial e final, data. Título da publicação onde foi citado, local, data. Resumo.

Exemplo:
FRIEDMAN, W. On routes and routines: the earíy development of spatial representations. Cognitive Development, Norwood, v.3, n.2, p. 167-182, Apr. 1988. Medline, local da base, 996. Resumo.

MATERIAL ENCONTRADO NA INTERNET

Modelo: Dados de uma referência normal. Notal no final:
Disponível na lnternet no endereço http:/~....

Exemplo:
UFRGS. Instituto de Informática. Curso de Pós-Graduação em Ciência da Computação. Biblioteca. Normas para apresentação de monografias ao CPGCC. Porto Alegre,1995. Disponível na lnternet no endereço http:/~.inf.ufrgs.biblioteeamtimlnormas.asp.

Atuação de enfermagem ao paciente com dor, o quinto sinal vital.


1. INTRODUÇÃO

A dor é um mecanismo fisiológico que pode ter natureza térmica, mecânica ou química. Nesse mecanismo, estão presentes complexas reações que resultam na liberação de diversas substâncias químicas (bradicinina, histamina, prostaglandinas, entre outras) responsáveis por desencadear a transmissão do impulso doloroso.
A dor incluída como 5º sinal vital vem sendo difundida pelo mundo desde o ano 2000 com a justificativa de que como a mensuração dos sinais vitais é padronizada em todas as instituições de saúde, dessa forma padronize-se também a mensuração e o registro da dor nas rotinas de médicos e enfermeiros que cuidam de pacientes nos diferentes níveis de assistência à saúde.
A avaliação da dor no serviço de emergência é muito importante, devendo fazer parte do atendimento a qualquer paciente com queixa álgica, entretanto, por ser um fenômeno subjetivo, com frequência há dificuldade em sua avaliação. Ademais, há de considerarem-se aspectos como número de funcionários, demanda de pacientes e de serviço, recursos materiais disponíveis, a fim de que a avaliação do fenômeno doloroso seja uma atividade viável e valorizada pela equipe.
Na dor, manifesta-se claramente a relação entre o indivíduo e a sociedade. As formas de sentir e de expressar a dor são regidas por códigos culturais e a própria dor, como fato humano, constitui-se a partir dos significados conferidos pela coletividade, que sanciona as formas de manifestação dos sentimentos. Embora singular para quem a sente, a dor se insere num universo de referências simbólicas, configurando um fato cultural.
O trauma é uma doença caracterizada por alterações estruturais ou desequilíbrio fisiológico do organismo induzido pela troca de energia entre os tecidos e o meio. Constitui-se como um problema de saúde pública de grande significância, causando forte impacto na morbidade e mortalidade da população, uma vez que aproximadamente 60 milhões de pessoas ao ano, no mundo, sofrem algum tipo de traumatismo, contribuindo com uma em cada seis internações hospitalares.
O estudo qualitativo insere conhecimento ao enfermeiro acerca da dor na vítima de trauma. Além de evidenciar a dor como sensação desagradável, sinal de alerta e uma experiência subjetiva. A avaliação da dor é vista por aspectos subjetivos e objetivos.
A maioria desconhece os instrumentos de avaliação e dentre os que conhecem a escala numérica foi a mais referida.
As estratégias de controle de dor comumente usadas são farmacológicas, não farmacológicas e combinadas. A avaliação da dor é importante e um caminho para o tratamento humanizado e qualificado, que orienta a conduta terapêutica e restabelece o bem-estar do paciente.
A inclusão da dor como quinto sinal vital foi aceita pelos profissionais de enfermagem. Ressalta-se a necessidade da atuação do enfermeiro na supervisão e treinamento, além da readequação da escala de mensuração da dor.
A avaliação e o registro da intensidade da dor pelos profissionais da saúde têm que ser feita de forma contínua e regular, à semelhança dos sinais vitais, com o objetivo de melhorar a terapêutica, dar segurança à equipe prestadora de cuidados de saúde e melhorar a qualidade de vida do doente. A dor é considerada, portanto, o 5º sinal vital, sendo de grande importância a sua avaliação, pois se torna impossível restabelecer o bem-estar do paciente sem ter uma medida sobre a qual basear o tratamento.
Foi realizado um estudo prospectivo, com o objetivo de aprofundar o conhecimento do quinto sinal vital, visando ajudar os profissionais de saúde a reconhecer os seus vários tipos e o conceito exato, buscando técnicas corretas no alívio e na sua prevenção. Um conhecimento que, sem dúvidairá dar a possibilidade de poder avaliar o estado, a origem e a intensidade do sintoma referido pelo paciente, implantando dessa forma uma visão maior por parte dos profissionais de nível médio e superior.

2. JUSTIFICATIVA:

A escolha do tema veio a partir de estudos e pesquisas sobre como pode ser útil um trabalho acadêmico que tem como proposito entrar no conhecimento humano em seu estado de necessidade de atenção, o momento da dor, este desempenho tem como principal objetivo ampliar o conhecimento por parte dos profissionais de saúde que é a partir dessa leitura poderá ver como, e quando o ser humano se encontra em estado fragilizado de saúde, vindo assim a poder dar um amparo consciente.
Como método, aplicar-se-á uma leitura extensa sobre o tema além de diálogos informais com profissionais de saúde e pessoas com dores crônicas, abrangendo dessa forma todo o contexto proposto. Todos os profissionais atuantes conhecem bem o quinto sinal vital apesar muitos desconheçam sua real origem, pois com o objetivo de alivia-lo é que eles se propõem a destinar seu futuro ao cuidar, participando desta forma de uma rotina profissional em que a palavra chave é a dor. Durante o período da pesquisanotou-se que a maioria das pessoas não considera a dor um sinal vital, e sim consideram que ela existe e que tem que ser erradicada, não importando a sua origem.
Revelando assim um índice alto de uso irracional de fármacos como: analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios ainda sãoaltos, apesar das inúmeras campanhas de conscientização. A população ainda acredita que sendo apenas uma dor pode resolver sem ter que passar por uma consulta médica, o que pode vir gerar sérios problemas no futuro.
O interesse no desenvolvimento da atual pesquisa é desvendar as faces da DOR, o que implica em um estudo assíduo e longo, e tem como intuito esclarecer não só aos profissionais de saúde como a toda população os principais aspectos do quinto sinal vital.

3. OBJETIVOS:

3.1 OBJETIVOS GERAIS:

É propor uma compreensão ao enfermeiro de como cuidar da vítima de trauma com dor. Para isso é preciso um compartilhar o conhecimento daassistência adequada desse profissional, a fim de influenciar na adoção da conduta terapêutica, no restabelecimento do bem-estar do paciente e garante um atendimento humanizado. Além disso, o estudo contribui com a literatura, uma vez que a mesma é escassa quanto ao assunto abordado.

OBJETIVOS ESPECIFICOS:

• Compreender o conhecimento do enfermeiro acerca do conceito e da avaliação da dor como quinto sinal vital em pacientes vítimas de trauma.
• Identificar recursos e instrumentos utilizados na aferição do dor.
• Conhecer as medidas adotadas pelo enfermeiro para aliviar a dor da vítima de trauma.
• Verificar o grau de importância da mensuração da dor atribuída pelo enfermeiro.
• Orientar à população quanto aos cuidados para a prevenção e tratamento supervisionado da dor por profissionais de saúde qualificados para tal.

3. METODOLOGIA:

• O estudo recebeu a orientação do Professor de Metodologia da Pesquisa Arquimedes Batista Lima Reis Filho, sendo garantido assim à veracidade na pesquisa e o interesse em expandir os conhecimentos sem prejuízo algum para a instituição ou para a sociedade.
• A coleta de dados foi realizada pela acadêmica do curso de Enfermagem, em período integral, durante os meses de Fevereiro a Junho de 2011, em duas etapas consecutivas.
• O conteúdo foi revisado pelo orientador, com o objetivo de esclarecer eventuais dúvidas uma vez que não se trata de uma estudante atuante da área da saúde, avaliando desta forma o nível de conhecimento do estudante.
• Trata-se de uma pesquisa descritiva, desenvolvida através de raciocínio dedutivo, onde são analisadas e compreendidas as condições dos profissionais atuantes na saúde visando oferecer maior conforto aos pacientes.
• Possui uma abordagem caráter relacionada com dados de outros pesquisadores.

4. REVISÃO BIBLIOGRAFICA:

MINSON,Fabíola Peixoto,definea dor é um sistema de defesa do organismo, num sinal de alerta do corpo para que retomar um equilíbrio que foi perdido. É um aviso para que o indivíduo se retire de um ambiente inadequado, tóxico, potencialmente lesivo. Buscando uma homeostase corporal. SIQUEIRA,2010, relata que: conhecer a dor é indispensável, e que boa parte das causas de dor é orofacial. Ele compreende que a face obriga funções que são essenciais. Sendo uma causa de estresse que leva o individuo a ter vários tipos de complicações, uma vez que já citamos que a dor é um alerta. Segundo McCRONE, 2002, a dor neuropática pode ser projetada, isto é, pode ser percebida em território da inervação de um nervo lesado devido à organização somatotópica cerebral. A distribuição neuroanatômica correlaciona-se com o nível da lesão e dá suporte para o diagnostico de dor neuropática. VARELLA,2008,afirma que a dor é uma sensação que surge quando há ameaça de dano aos tecidos. Senti-la é fundamental para manter a integridade do organismo. Doenças que alteram a sensibilidade estão associadas ao aparecimento de traumatismos e ferimentos imperceptíveis. É o caso das ulcerações que costumam surgir nos pés dos diabéticos portadores de neuropatias nos membros inferiores, por exemplo. Uma das principais causas está relacionada ao diabetes outra é o comprometimento da circulação periférica. COSTA, 2010, relata que a dor musculoesquelética estará presente na vida de todos os adultos em algum momento ao longo de sua vida, seja em um único episodio ou de maneira recorrente. GUYTON, 2006, “Os nociceptores são ativados por, basicamente, quatro tipos de estímulo: mecânico, elétrico, térmico ou químico”. Levando assim o individuo a uma sensação desagradavél.

5. CONCEITO DA DOR:

“Segundo a Associação internacional de estudos da Dor (IASP- International Association for the Study of Pain).” DOR - Experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou relacionada à lesão real ou potencial dos tecidos. Cada indivíduo aprende a utilizar esse termo através das suas experiências anteriores.“A Dor é sempre subjetiva.”
(SASAKI), A dor é experiência sensorial e emocional de caráter desagradável provocada por lesão tissular, ou atribuída a tal. Fisiologicamente funciona como sinal de alerta desencadeando reações de defesae preservação, tendo importante função de defesa.
A análise das respostas sobre a dor possibilitou a formação das seguintes subcategorias: dor como sensação desagradável, como um sinal de alerta e como uma experiência subjetiva.
Dor como sensação desagradável
(KONRAD), “A dor é uma sensação desagradável que causa desconforto físico e emocional. Estado de muito incômodo e desconforto em alguma determinada região do corpo humano, um sintoma que perturba muito o equilíbrio.”.
Dor como sinal de alerta
(GARCIA), “A dor pode ser considerada como um tipo de dispositivo de alerta para chamar a atenção para uma lesão no tecido ou para algum mau funcionamento fisiológico. A dor surge quando um nervo ou terminação nervosa é afetado por um estímulo nocivo que pode ter sua origem tanto dentro quanto fora do organismo. Ela é, portanto, de importância crucial para a proteção e a sobrevivência de um corpo em um ambiente cheio de perigos em potencial.”.
Por conta desse papel, se presume que a dor não depende da cultura, no sentido de que haveria uma reação a algum estímulo. É uma manifestação que ocorre involuntariamente, como resultado de uma mensagem enviada ao nosso cérebro, informando que algo em nosso corpo não vai bem.
O conceito atribuído mostra que a dor, sobretudo a dor aguda, indica que algo em nosso organismo está alterado, tendo função de alerta e proteção. Tal conceito é primordial quando se trata de atendimento à vítima de trauma.
Dor como experiência subjetiva
(ROSANO), “A dor é uma das experiências mais íntimas e subjetivas vivenciadas pelo ser humano.”.
É importante destacar que o relato da dor pelo paciente deve ser considerado e valorizado, levando em consideração que essa é uma experiência pessoal e individual. Sensação subjetiva... Apresentada pelo paciente, quando há alteração fisiológica no organismo.
O limiar de dor e a sensibilidade às várias drogas analgésicas apresentam uma grande variabilidade entre os pacientes, tornando a avaliação individual necessária.
Portanto, a validação da existência da dor baseia-se no relato do paciente. O quanto dói, como dói quanto é tolerado, depende dos aspectos físicos (lesão, características biológicas de cada pessoa), de elementos psíquicos (cognitivos e emocionais) e sociais (contexto ambiental). Por essa multiplicidade, dor é uma experiência subjetiva e emocional, percebida e vivida de formas diferentes por pessoas diferentes.
A subjetividade referida pelos enfermeiros mostra quão é importante à avaliação desse sinal vital, sobretudo na vítima de trauma. Quem irá oferecer dados para verificação desse sinal vital será o paciente, pessoa que vivencia a dor.
(MACIEL), “Caracteriza a dor como uma experiência única e individual, modificada pelo conhecimento prévio de um dano que pode ser existente ou presumido.”.
Entender a importância do significado da dor desde o início do tratamento de uma doença até as últimas horas de vida é condição fundamental para todos os profissionais que estão em contato direto com doentes em qualquer especialidade. O seu conceito, suas especificidades e o conhecimento do seu controle deve ser parte da formação obrigatória de todos os profissionais da área de saúde, sobretudo do médico, responsável pela prescrição de medicamentos imprescindíveis para o seu alívio.

6. VIAS DE CONDUÇÃO DA DOR:

Há receptores específicos e inespecíficos para dor (funcionam a partir de um estímulo muito intenso), mesmo para receptores específicos o estímulo tem que ser intenso (pois tem alto limiar de excitabilidade).
A partir de a espinha medular e para todo o corpo, partem fibras nervosas de três tipos: as constituídas por neurônios motores, dedicadas ao controle muscular, dentro do sistema nervoso somático; as constituídas por neurônios pós-ganglionares simpáticos, dentro do sistema nervoso autônomo; as constituídas por neurônios receptores ou sensitivos.
A dor necessita de órgãos especiais para a detecção e informação ao SNC. Estes receptores para a dor foram chamados de nociceptores - um trocadilho com a palavra "nocivo".
(GUYTON), “Os nociceptores são ativados por, basicamente, quatro tipos de estímulo: mecânico, elétrico, térmico ou químico”. A ativação dos nociceptores é, em geral, associada a uma série de reflexos, tais como o aumento do fluxo sanguíneo local, a contração de músculos, mudanças na pressão sanguínea e dilatação da pupila. Uma das primeiras descobertas foi a da ação das prostaglandinas sobre os nociceptores
Quando um tecido é injuriado, tal como por uma infecção ou queimadura solar, as suas células liberam prostaglandinas e leucotrienos, que aumentam a sensibilidade dos nociceptores. Hipersensibilizados, os nociceptores são capazes de transformar em dor qualquer impulso, mesmo que mínimo: lembra-se de como dói simplesmente o toque sobre a pele queimada? Este fenômeno é um mecanismo de defesa do organismo e é conhecido como hiperalgesia.
Quando há o trauma com processo inflamatório você faz o gelo na hora: faz a vasoconstricção dos vasos rompidos (diminuindo o calibre dos vasos você diminui a quantidade de substâncias halogênicas, além de estancar o sangue) conseguindo também uma diminuição da velocidade de condução do estímulo de dor; após faz o calor (vasodilatação): a vasodilatação melhora a circulação local, diminui as substâncias halogênicas (pela sua absorção) trazendo o limiar ao normal.

A transmissão ocorre a não mais do que 1 metro/segundo. Todas as fibras levam os impulsos até a corda espinhal; esta conduz a informação até o tálamo. Então, é neste momento que a dor é detectada: quando a informação atinge o tálamo.
(GUYTON), “Quando um tecido é traumatizado ocorre liberação local de substâncias químicas, imediatamente detectadas pelas terminações nervosas. Estas disparam um impulso elétrico que corre até a parte posterior da medula espinhal. Nessa região, um grupo especial de neurônios se encarrega de transmiti-lo para o córtex cerebral, área responsável pela cognição.”.
Para se ter uma ideia da velocidade de transmissão do impulso elétrico, é só pensar no tempo decorrido entre encostarmos a mão num objeto quente e nos afastarmos dele.
Esse circuito complexo de fibras nervosas que conduzem o sinal está associado à liberação de mediadores químicos, responsáveis pela sintonia fina do mecanismo da dor. De um lado, o organismo precisa da dor para defender-se, mas o processo não pode ser perpetuado.
Com a finalidade de impedir que a dor persista mais tempo do que o necessário, os sinais que chegam ao cérebro e se tornam conscientes vão estimular a liberação de substâncias chamadas endorfinas (por sua semelhança à morfina) e encefalinas, que inibem a propagação do impulso elétrico.
(SIQUEIRA), O mecanismo de inibição da dor é tão importante para a sobrevivência do organismo, quanto o circuito responsável pela percepção dela. Se não fosse ele, a dor de um pequeno corte persistiria enquanto durasse o processo de cicatrização.


7. TIPOS DE DOR:

8.1DOR AGUDA:

(OLIVEIRA), “Aquela que se manifesta transitoriamente durante um período relativamente curto, de minutos a algumas semanas, associada a lesões em tecidos ou órgãos, ocasionadas por inflamação, infecção, traumatismo ou outras causas. Normalmente desaparece quando a causa é corretamente diagnosticada e quando o tratamento recomendado pelo especialista é seguido.”.
A dor quando aguda constitui-se em importante sintoma que serve de alerta ao indivíduo para a necessidade de assistência médica.
Sua definição está catalogada como uma resposta fisiológica previsível aos estímulos sejam eles térmicos químicos ou mecânicos, de duração autolimitada e reversão completa com a estimulação do estimulo. A dor é sempre subjetiva e cada indivíduo aprende a utilizar esse termo por meio de suas experiências anteriores. Após estímulo lesivo, alguns eventos geram a dor e o primeiro passo é uma transformação do potencial de ação, que será transmitido ao sistema nervoso central (SNC) através das fibras nervosas periféricas, gerando assim dor aguda.
(OLIVEIRA), “A dor aguda quando não tratada pode causar diversos problemas que pioram a recuperação do paciente, podendo assim causar alterações cardiológicas, vasculares, pulmonares, além de quadros de irritabilidade, ansiedade e depressão.”.


8.2 DOR CRÔNICA:

(VARELLA), “Cerca de um terço da população apresentará algum tipo de dor crônica durante a vida. À medida que vivemos mais, cresce o número de pessoas com dores na coluna, articulações, doenças reumáticas, câncer, degenerações ou inflamações nos órgãos internos e outros problemas que podem provocar dores crônicas.”.
Existem doenças que alteram a sensibilidade estão associadas ao aparecimento de traumatismos e ferimentos imperceptíveis, é o caso das ulcerações que costumam surgir nos pés dos diabéticos portadores de neuropatias nos membros inferiores, por exemplo.
Dores crônicas podem ser devidas tanto a desordens do sistema responsável pela percepção quanto da inibição da dor. A fibromialgia, por exemplo, uma doença debilitante causadora de dores musculares crônicas muitas vezes não diagnosticadas pelos médicos, é tida hoje como consequente a um desarranjo nos mecanismos de inibição da dor.
É um erro considerar a dor crônica como uma versão prolongada da aguda. Quando os sinais de dor são gerados repetidamente, os circuitos neurológicos sofrem alterações eletroquímicas que os tornam hipersensíveis aos estímulos e mais resistentes aos mecanismos inibitórios da dor. Disso resulta uma espécie de memória dolorosa guardada na medula espinal.
Estudos recentes têm demonstrado que essa memória dolorosa está ligada a mediadores químicos muito semelhantes aos envolvidos no processo intelectual de memorização. O conhecimento detalhado desses mediadores levará à descoberta de analgésicos mais potentes e com menos efeitos colaterais.Os circuitos nervosos responsáveis pela dor crônica são tão diferentes daqueles associados à dor aguda.
Dor crônica é uma doença debilitante com consequências nefastas para a condição física, psicológica e o comportamento.
Seus portadores desenvolvem depressão, deficiências psicomotoras,lembranças e sensações de perda que muitas vezes guardam pouca relação com o quadro doloroso.

8. CONTROLE DA DOR

Historicamente, a dor e seu controle têm recebido pequena prioridade e atenção pelos profissionais de saúde. As escolas médicas devotam pouco ou nenhum tempo a este tópico, deixando os profissionais recém-formados com reduzida ou nenhuma habilidade para lidar com este problema.
(KONRAD),“Em 1990, várias instituições de assistência à saúde divulgaram que, para ocorrer uma melhora na qualidade do atendimento em dor, esforços adicionais – tanto educacionais quanto legais – deveriam ser implementados eficazmente para tornar a dor um problema real. “Fazer a dor visível” tornou-se um tema central em várias discussões, levando à gênese da campanha agora familiar “Dor: o quinto sinal vital”. O conceito de “dor como o quinto sinal vital” foi então criado com o intuito de despertar a preocupação dos profissionais de saúde em relação ao tratamento da dor.”
O manejo dos pacientes com dor deve ser uma prioridade, visto a existência de uma variedade de situações que contribuem para a instalação do processo álgico. É primordial que a equipe de saúde conheça os efeitos danosos da permanência da dor e assuma a responsabilidade pelo seu controle e/ou pelo menos seu alívio.
O registro da intensidade da dor como quinto sinal vital é necessário para a qualidade do cuidado, no entanto não é suficiente para aumentar a qualidade do controle da dor. A avaliação e o tratamento da dor continuam sendo focos importantes para melhorar a qualidade da assistência, estratégias de controle da dor incluem medidas farmacológicas, não farmacológicas e combinadas.
Os enfermeiros utilizam uma variedade de intervenções para alívio da dor, mostrando que tanto as medidas farmacológicas quanto as não farmacológicas são consideradas na assistência à vítima de trauma.

9. ATENDIMENTO HUMANIZADO:

(GARCIA), “O alívio da dor é atualmente visto como um direito humano básico e, portanto, trata-se não apenas de uma questão clínica, mas também de uma situação ética que envolve todos os profissionais de saúde. A adequada avaliação, controle e alívio da dor constituem aspecto humanitário, além de contribuir para a assistência imediata ao acidentado, e dessa forma manter as funções fisiológicas básicas e evitar os efeitos colaterais nocivos resultantes do processo álgico. O inadequado controle da dor resulta no aumento do sofrimento do paciente.”.
A humanização evoca que o alívio da dor e o controle dos sintomas em cuidados paliativos devem começar desde o diagnóstico da doença crônica (oncológica ou não) até a fase avançada. Humanizar é a garantia de atender às necessidades desse paciente; as equipes multiprofissionais reúnem médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e o serviço administrativo (recepção, triagem, segurança e transporte), enfim, todos são importantes para confortar o paciente e seus cuidadores.
(FERREIRA), “Devemos distinguir tratamentos paliativos de cuidados paliativos; o paciente com dor e doença avançada, mas que ainda é elegível cirurgicamente e/ou para tratamento adjuvante, difere daquele ao qual só é possível oferecer algum tipo de conforto, mas sem controle da doença. Os indivíduos são singulares e não podemos pretender que respondam da mesma forma às nossas intervenções, nem que mantenham uniformemente suas respostas em longo prazo.”.
Tratar um paciente requer não somente as considerações biológicas e psicológicas, como também as familiares, sociais, econômicas e aquelas que estão nas relações estabelecidas entre os sistemas envolvidos: o indivíduo e seu universo e o sistema de saúde e de tratamento, com suas múltiplas variáveis. Não basta controlar os sintomas, mas também o paciente e, além dele, os sistemas que com ele interagem.

10. RECURSOS:

11.1 MATERIAIS DE CONSUMO
PRODUTO R$
Resma de papel A4 200,00
Caixa de caneta 70,00
Caixa de lápis 50,00
Caixa de borracha 30,00
Cartucho p/impressora 300,00

11.2 MATERIAIS PERMANENTES
OBJETOS R$
Computador 1.600,00
Impressora 900,00
Câmera fotográfica 1.200,00
Gravador de mão 300,00
Calculadora 300,00
Grampeador 15,00
Perfurador 20,00

11. CRONOGRAMA:

MAIO / 2011: DATAS JUNHO / 2011: DATAS
Escolha do Tema 02.05.2011 Revisão da leitura 01.06.2011
Seleção do material 02.05.2011 Desenvolvimento 05.06.2011
Delimitação do tema 13.05.2011 Esclarecimento de dúvidas 08.06.2011
Inicio da pesquisa 18.05.2011 Digitação final 19.06.2011
Esclarecimento de dúvidas 25.05.2011 Entrega 20.06.2011


12. REFERÊNCIAS:

COSTA, Carlos Maurício de C: Jornal da dor; Sociedade Brasileira para o estudo da dor (SEBED); Diga não a dor aguda; ano X – 2010; numero 28; pg. 05.

SIQUEIRA, José Tadeu T.; Dor orofacial; Sociedade Brasileira de estudo da dor (SEBED); fascículo 01; pag. 05 e 17.

GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006.

McCRONE, JOHN. Como o cérebro funciona. Série Mais Ciência. São Paulo, Publifolha, 2002.


quarta-feira, 4 de maio de 2011





AMAMENTAÇÃO: Recomendações quanto aos cuidados na prevenção de doenças transmissíveis no aleitamento materno.


O leite materno, além de seus nutrientes, contém, em sua composição, uma complexidade de células, membranas e moléculas que atuam na proteção do recém-nascido. Na mulher em lactação, o sistema denominado enteromamário ou bronco mamário atua quando os patógenos (bactérias) entram em contato com as mucosas do intestino ou aparelho respiratório e são fagocitados pelos macrófagos. Com isso, desencadeia-se uma ação estimulante nos linfócitos T, promovendo diferenciação dos linfócitos B produtores de imunoglobulinas A. Os linfócitos migram para a glândula mamária e, com a mediação de citosinas, tornam-se células plasmáticas que produzem uma glicoproteína que é acoplada à Ig A, convertendo-se em imunoglobulina A secretória. Esta é uma função importante e específica de proteção do recém-nascido conferida pelo leite humano.
O aleitamento materno, pelas inúmeras vantagens que traz tanto para a mãe como para o recém-nascido, é reconhecido como a melhor forma de alimentação da criança. Entretanto, doenças envolvendo tanto a mãe quanto o recém-nascido podem constituir obstáculos para a amamentação. Nessas circunstâncias, é importante que o profissional tenha habilidade, conhecimento técnico e atitude acolhedora para avaliar adequadamente a viabilidade do aleitamento. A nutriz, ao apresentar sintomas de uma doença, geralmente já expôs seu filho ao agente patogênico, e a orientação geral é manter o aleitamento.
Embora o leite humano contenha anticorpos, células mononucleares e outros fatores de proteção, em algumas doenças maternas ele pode funcionar como possível fonte de infecção para a criança.
Algumas doenças não infecciosas podem impedir o aleitamento materno temporária ou definitivamente devido às condições físicas da mãe, tais como doenças cardíacas, renais e hepáticas graves, psicose e depressão pós-parto grave.

Infecções por vírus:

Em várias doenças virais maternas, tais como hepatite, herpes vírus, sarampo, caxumba e rubéola, dentre outras, pode haver excreção de vírus no leite humano. Porém, exceto para as infecções causadas pelos retrovírus. Vírus da imunodeficiência humana (HIV), a transmissão por essa via tem pouco valor epidemiológico.
Na maioria das doenças viróticas maternas, outras fontes de contaminação para o recém-nascido devem ser avaliadas antes de se atribuir essa possibilidade apenas ao aleitamento. O risco de transmissão pode estar aumentado nos casos de infecção aguda no momento do parto, uma vez que o leite pode conter elevada concentração de partículas virais e baixos títulos de anticorpos protetores capazes de neutralizar o agente infeccioso.
A transmissão de retrovírus RNA, incluindo HIV-1, HTLV I e HTLV II, já foi demonstrada. O vírus HIV também poder ser transmitido da mãe para o filho, mas o papel do aleitamento na transmissão via leite humano ainda não está bem estabelecido. Até certo ponto, é surpreendente que o leite materno não seja mais infectante, especialmente com o volume consumido diariamente pelo lactente em aleitamento materno exclusivo. Portanto, isso leva a supor que devam existir mais fatores de proteção no leite humano além dos já conhecidos.

Infecção pelo HIV

O HIV é excretado livre ou no interior de células no leite de mulheres infectadas, que podem apresentar ou não sintomas da doença. Cerca de 65% da transmissão vertical do HIV ocorre durante o trabalho de parto e no parto propriamente dito; os 35% restantes ocorrem intra-útero, principalmente nas últimas semanas da gestação e por intermédio do aleitamento materno.
A carga viral no leite materno é um importante determinante do risco de transmissão.
No recém-nascido, a porta de entrada do vírus são as mucosas nasofaringe e gastrintestinal. Durante o aleitamento materno, a transmissão do vírus pode ocorrer em qualquer fase, porém parece ser mais frequente nas primeiras semanas e, especialmente, nas infecções maternas mais recentes. A carga viral no colostro ou leite inicial é significativamente mais elevada que no leite maduro. O aleitamento misto parece ser de maior risco do que o aleitamento materno exclusivo, pelo maior dano à mucosa gastrintestinal decorrente da alimentação artificial, que favorece a penetração do vírus. O risco adicional de transmissão do vírus pelo leite humano varia de 5 a 20%.
A utilização de terapêutica antirretroviral durante a gestação e o parto e sua manutenção em recém-nascidos resulta, mesmo se mantido o aleitamento materno, em redução da transmissão vertical do HIV por até seis meses após o parto.
No entanto, a infecção pelo HIV é uma das poucas situações onde há consenso de que a amamentação deve ser contraindicada. No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que as mães portadoras do vírus HIV não amamentem.
Porém, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) recomendam que, em países pobres, onde doenças como diarreia, pneumonia e desnutrição contribuem substancialmente para elevadas taxas de morbimortalidade infantil, o benefício do aleitamento materno deve ser considerado em relação ao risco da transmissão do vírus HIV.
Nesses casos, e na impossibilidade de oferta de uma alimentação artificial adequada, é preferível manter a amamentação, haja vista seus benefícios para o lactente vivendo sob condições precárias.
A inativação do vírus HIV do leite materno pelo processo de pasteurização (62,5 ºC por 30 minutos, seguido de resfriamento rápido) permite que a criança continue a receber o leite materno sem aumentar o risco pós-natal do vírus.

Hepatites A, B e C.

Os vírus das hepatites A, B e C podem ser transmitidos para a criança durante a gravidez, parto ou período pós-parto.
Os vírus de transmissão oral-fecal, como o da hepatite A, têm maior possibilidade de serem transmitido são recém-nascido no momento do parto. Além disso, o vírus da hepatite A pode ser excretado no leite humano de nutrizes na fase aguda da doença. Quando o parto ocorre nessa fase da doença, a criança deve receber imunoglobulina anti-HVA na dose de 0,02 ml/kg como profilaxia. Essa conduta é indicada para todas as crianças, independentemente da amamentação, e confere proteção que supera o risco da criança adquirir a doença. Assim, o aleitamento materno não é contraindicado. Os vírus das hepatites B e C são transmitidos pelo contato com sangue e secreções genitais. A maior via de transmissão do vírus da mãe para a criança é a exposição do bebê ao sangue materno, que acontece durante todo o trabalho de parto e no parto.
Mãe soropositiva para HBsAg durante a gravidez determina a necessidade de a criança receber a primeira dose da vacina logo após o parto e imunoglobulina hiperimune da hepatite B (HBIG) na dose de 0,5 ml via intramuscular (IM) nas primeiras 12 horas de vida, aplicadas concomitantemente, mas em locais diferentes. A eficácia dessa conduta é de 95% e elimina o eventual risco de transmissão pelo leite materno. Quando a mulher não foi testada para o HBsAg ou essa informação não está disponível, o exame deve ser solicitado logo após o parto. Enquanto se aguarda o resultado, o recém-nascido deve receber a primeira dose da vacina. Se o resultado do exame for positivo, a imunoglobulina deve ser aplicada o mais cedo possível, dentro dos primeiros sete dias após o parto. No entanto, se a pesquisa de HBsAg não for possível, não se justifica dar imunoglobulina para todos os recém-nascidos, já que a vacina isoladamente é bastante eficaz na prevenção da doença em 70 a 90% dos casos.
No parto de gestante HBsAg-positiva, orienta-se lavar bem o recém-nascido, retirando todo vestígio de sangue ou secreção materna. Por outro lado, mesmo que a mãe apresente fissura mamária com sangramento, não se contraindica a amamentação.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que recém-nascido pré-termo com peso menor que 2.000 g e filho de mãe HBsAg-positiva deve receber o esquema vacinal de quatro doses (ao nascimento, com 1, 2 e 6 meses de vida), além da imunoglobulina. Se o esquema proposto não for iniciado no período neonatal, então a criança deverá receber as três doses habituais de vacina. Em todas as situações, o aleitamento materno deve ser recomendado.
O Comitê de Doenças Infecciosas da Academia Americana de Pediatria recomenda que as mães sejam informadas a respeito do risco teórico, ainda não confirmado, de transmissão do vírus para a criança via leite materno. A decisão de amamentar deve ser particularizada para cada caso, em que pese ao papel da amamentação na vida dessa criança, pois não se sabe ao certo o papel do aleitamento na transmissão desse vírus para a criança.

Herpes simples

O recém-nascido pode ser contaminado com herpes simples intra-útero pela via hematogênica transparentaria, durante o parto (a via mais frequente) ou no período pós-natal.
O risco de contaminação neonatal é maior para infecção primária ou não primária se ocorrer no último mês da gestação. Porém, na última semana antes do parto, a transmissão é baixa para doença recorrente. O risco de transmissão do vírus pelo leite materno é muito baixo. No acometimento da nutriz pelo herpes, o aleitamento materno deve ser mantido, exceto quando as vesículas herpéticas estiverem localizadas na mama. Lesões ativas em outras partes do corpo devem ser cobertas, recomendando-se rigorosa higiene da nutriz para que o aleitamento seja mantido.
Cuidados adicionais devem ser tomados quando houver vesículas em face e dedos e com outras fontes de vírus herpes simples, como a gengiva estomatite, em outros familiares. Se houver suspeita ou se for confirmado que o recém-nascido tenha infecção por herpes simples, ele deve ser isolado de outras crianças, mas não de sua mãe. Há relato de caso de criança de 15 meses de idade que foi contaminada com a doença por um irmão de cinco anos com gengiva estomatite. A mãe foi contaminada pela criança em ambos os seios durante a amamentação.


Infecções por bactérias:

Tuberculose

Para mães com tuberculose, as recomendações para amamentação dependem da época em que foi feito o diagnóstico da doença.
Segundo a OMS, não há necessidade de separar a mãe da criança e, em circunstância alguma, a lactação deve ser impedida. O bacilo de Koch excepcionalmente é excretado pelo leite materno, e, se houver contaminação do recém-nascido, geralmente a porta de entrada é o trato respiratório. Assim, mãe com tuberculose extra pulmonar não necessita de cuidados especiais para amamentar.
Segundo a Academia Americana de Pediatria, recém-nascido de mãe com tuberculose pulmonar em fase contagiante ou bacilífera, sem tratamento ou com menos de três semanas de tuberculostáticos no momento do parto, deve ser separado da mãe, mas alimentado com o leite humano ordenhado, uma vez que a transmissão geralmente se dá pelas vias aéreas.
A mãe deve realizar pesquisas do bacilo álcool-ácido resistente no escarro até sua negativação, quando poderá ter contato com o bebê. Este deve receber quimioprofilaxia com isoniazida, então, realizar o teste tuberculose início (PPD). Se o teste for positivo, está indicado rastrear a doença através de exame clínico e radiológico. Se não se detecta infecção ativa, mantêm-se a vigilância e a quimioprofilaxia até o sexto mês, quando se aplica o BCG-ID. Se o PPD for negativo aos três meses de idade, a quimioprofilaxia pode ser interrompida e o BCG-ID pode ser aplicado, mantendo-se a vigilância clínica.
Em situações onde há risco de não acompanhamento do bebê em uso de quimioprofilaxia com isoniazida, é mais seguro indicar a vacinação com BCG-ID concomitante.
Segundo a OMS, a amamentação deve ser mantida, porém deve-se diminuir o contato íntimo mãe-filho, além de se tomar os seguintes cuidados: amamentar com máscara ou similar, lavar cuidadosamente as mãos, rastrear os comunicantes, especificamente os domiciliares. Administrar ao recém-nascido hidrazida durante seis meses.
Após o término da quimioprofilaxia, vacinar com BCG-ID. A amamentação deve ser mantida durante todas as etapas. Em mãe em fase não contagiante da tuberculose cujo tratamento foi iniciado há mais de três semanas não há restrições quanto ao aleitamento materno, sendo indicado vacinar o bebê com BCG-ID ao nascer. Nos casos em que o diagnóstico de tuberculose materna for feito após o início da amamentação, o lactente deve ser considerado potencialmente infectado e receber quimioprofilaxia. A amamentação deve ser mantida, pois a administração de drogas tuberculostáticas para o tratamento da mãe não contraindica o aleitamento.

Hanseníase

A hanseníase é uma doença infecciosa de curso crônico, alta infecciosidade e baixa patogenicidade. Apresenta um quadro clínico variável, que depende basicamente da resposta imunológica celular do indivíduo. A transmissão da doença ocorre pelo contato pessoal, preferencialmente prolongado, por meio das secreções nasais e da pele. O bacilo pode ser isolado no leite materno nos casos de doença de Hansen não tratada, bem como em pacientes com duração do tratamento inferior a três meses com sulfona (dapsona ou clofazamina) ou inferior a três semanas com rifampicina. Lesões de pele na mama também pode ser fonte de infecção para o recém-nascido. Não há contraindicação para a amamentação se a mãe estiver sob tratamento adequado. O recém-nascido deve ser tratado o mais precocemente possível e
Simultaneamente com a mãe. As drogas utilizadas são as mesmas da mãe e podem passar para o leite humano em baixas concentrações, não havendo relato de efeitos colaterais graves. A criança deve ser acompanhada e realizar exames clínicos periódicos para a detecção precoce de possíveis sinais da doença. Além disso, são recomendados os seguintes cuidados na amamentação: lavagens rigorosas das mãos, e uso de máscara ao manusear a criança e oclusão de lesões nas mamas. A mãe contagiante ou bacilífera (não tratada ou tratada há menos de três meses com sulfona ou três semanas com rifampicina) deve evitar contato com o filho.

Infecções por parasitas:

Malária

Como a malária não é transmitida entre humanos, a amamentação pode ser mantida se as condições clínicas da mãe permitir. Não há nenhuma evidência indicando que a malária possa ser transmitida pelo aleitamento materno.
Em mães que necessitam tratamento, cloroquina, quinina e tetraciclina são recomendados. Sulfonamidas devem ser evitadas no primeiro mês de lactação. Portanto, mãe com malária e em lactação pode amamentar durante o tratamento com drogas específicas.

Doença de Chagas

Nas formas aguda e crônica da doença de Chagas, estudos mostram que o Trypanosoma cruzi pode ser isolado no leite materno.
Embora possam aparecer sequelas tardias, a doença aguda no lactente tende a evoluir de forma benigna. Esse fato, juntamente com a raridade da transmissão da doença, justifica a manutenção do aleitamento materno em mulheres com a forma crônica da doença, exceto se houver sangramento e fissura no mamilo. Nos casos de doença aguda, a nutriz não deve amamentar. Experimentos em laboratório, utilizando amostras de leite humano contaminadas com o protozoário e testadas em diferentes condições, demonstraram que a pasteurização do leite previne a transmissão da doença.

Infecções por fungos:

Paracoccidiomicose

Doença granulo matosa sistêmica causada por fungo, cuja transmissão se dá provavelmente por via respiratória.
Não há contraindicação para o aleitamento materno se esta doença acometer a nutriz. Entretanto, é importante lembrar que o cotrimoxazol, comumente usado no tratamento, é excretado no leite materno e pode causar efeitos colaterais graves no recém-nascido.





Criptococose






Doença causada por fungo, com distribuição ampla na natureza.
Pacientes com deficiência da imunidade celular, incluindo os portadores de HIV/AIDS, são os de maior risco para desenvolver a doença.
A transmissão de partículas no meio ambiente é pela via aerossol, não havendo relato da forma inter-humana. Assim, o aleitamento materno não é contraindicado.





"Em virtude da possibilidade da transmissão de doenças através do aleitamento materno, o profissional de saúde, ao identificar uma puérpera com infecção viral ativa ou outra doença infecciosa, precisa avaliar a necessidade de suspender ou não a amamentação. Esse acontecimento pode ser um fato constrangedor e traumático, tornando necessária a participação do profissional de saúde no esclarecimento de dúvidas e auxiliando a puérpera a compreender os motivos pelos quais o aleitamento foi suspenso."


SISTEMA MUSCULAR
O tecido muscular é de origem mesodérmica, sendo caracterizado pela propriedade de contração e distensão de suas células, o que determina a movimentação dos membros e das vísceras. Há basicamente três tipos de tecido muscular: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco.
Músculo liso: o músculo involuntário localiza-se na pele, órgãos internos, aparelho reprodutor, grandes vasos sanguíneos e aparelho excretor. O estímulo para a contração dos músculos lisos é mediado pelo sistema nervoso vegetativo.
Músculo estriado esquelético: é inervado pelo sistema nervoso central e, como este se encontra em parte sob controle consciente, chama-se músculo voluntário. As contrações do músculo esquelético permitem os movimentos dos diversos ossos e cartilagens do esqueleto.
Músculo cardíaco: este tipo de tecido muscular forma a maior parte do coração dos vertebrados. O músculo cardíaco carece de controle voluntário. É inervado pelo sistema nervoso vegetativo.
Estriado esquelético
Miócitos longos, multinucleados (núcleos periféricos).
Miofilamentos organizam-se em estrias longitudinais e transversais.



Estriado cardíaco
Miócitos estriados com um ou dois núcleos centrais.
Células alongadas, irregularmente ramificadas, que se unem por estruturas especiais: discos intercalares.
Contração involuntária, vigorosa e rítmica. Liso
Miócitos alongados, mononucleados e sem estrias transversais.
Contração involuntária e lenta.
Musculatura Esquelética
O sistema muscular esquelético constitui a maior parte da musculatura do corpo, formando o que se chama popularmente de carne. Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, sendo responsável pela movimentação corporal.

Os músculos esqueléticos estão revestidos por uma lâmina delgada de tecido conjuntivo, o perimísio, que manda septos para o interior do músculo, septos dos quais se derivam divisões sempre mais delgadas. O músculo fica assim dividido em feixes (primários, secundários, terciários). O revestimento dos feixes menores (primários), chamado endomísio, manda para o interior do músculo membranas delgadíssimas que envolvem cada uma das fibras musculares. A fibra muscular é uma célula cilíndrica ou prismática, longa, de 3 a 12 centímetros; o seu diâmetro é infinitamente menor, variando de 20 a 100 mícrons (milésimos de milímetro), tendo um aspecto de filamento fusiforme. No seu interior notam-se muitos núcleos, de modo que se tem a idéia de ser a fibra constituída por várias células que perderam a seus limites, fundindo-se umas com as outras. Dessa forma, podemos dizer que um músculo esquelético é um pacote formado por longas fibras, que percorrem o músculo de ponta a ponta.
No citoplasma da fibra muscular esquelética há muitas miofibrilas contráteis, constituídas por filamentos compostos por dois tipos principais de proteínas – a actina e a miosina. Filamentos de actina e miosina dispostos regularmente originam um padrão bem definido de estrias (faixas) transversais alternadas, claras e escuras. Essa estrutura existe somente nas fibras que constituem os músculos esqueléticos, os quais são por isso chamados músculos estriados.
Em torno do conjunto de miofibrilas de uma fibra muscular esquelética situa-se o retículo sarcoplasmático (retículo endoplasmático liso), especializado no armazenamento de íons cálcio.
As miofibrilas são constituídas por unidades que se repetem ao longo de seu comprimento, denominadas sarcômeros. A distribuição dos filamentos de actina e miosina variam ao longo do sarcômero. As faixas mais extremas e mais claras do sarcômero, chamadas banda I, contêm apenas filamentos de actina. Dentro da banda I existe uma linha que se cora mais intensamente, denominada linha Z, que corresponde a várias uniões entre dois filamentos de actina. A faixa central, mais escura, é chamada banda A, cujas extremidades são formadas por filamentos de actina e miosina sobrepostos. Dentro da banda A existe uma região mediana mais clara – a banda H – que contém apenas miosina. Um sarcômero compreende o segmento entre duas linhas Z consecutivas e é a unidade contrátil da fibra muscular, pois é a menor porção da fibra muscular com capacidade de contração e distensão.

1- Bandas escuras (anisotrópicas – banda A).
2- Faixas claras (isotrópicas – banda I, com linha Z central).
3- Núcleos periféricos.
Contração: ocorre pelo deslizamento dos filamentos de actina sobre os de miosina c sarcômero diminui devido à aproximação das duas linhas Z, e a zona H chega a desaparecer.

A contração do músculo esquelético é voluntária e ocorre pelo deslizamento dos filamentos de actina sobre os de miosina. Nas pontas dos filamentos de miosina existem pequenas projeções, capazes de formar ligações com certos sítios dos filamentos de actina, quando o músculo é estimulado. Essas projeções de miosina puxam os filamentos de actina, forçando-os a deslizar sobre os filamentos de miosina. Isso leva ao encurtamento das miofibrilas e à contração muscular. Durante a contração muscular, o sarcômero diminui devido à aproximação das duas linhas Z, e a zona H chega a desaparecer.

Constatou-se, através de microscopia eletrônica, que o sarcolema (membrana plasmática) da fibra muscular sofre invaginações, formando túbulos anastomosados que envolvem cada conjunto de miofibrilas. Essa rede foi denominada sistema T, pois as invaginações são perpendiculares as miofibrilas. Esse sistema é responsável pela contração uniforme de cada fibra muscular estriada esquelética, não ocorrendo nas fibras lisas e sendo reduzido nas fibras cardíacas.

A química da contração muscular

O estímulo para a contração muscular é geralmente um impulso nervoso, que chega à fibra muscular através de um nervo. O impulso nervoso propaga-se pela membrana das fibras musculares (sarcolema) e atinge o retículo sarcoplasmático, fazendo com que o cálcio ali armazenado seja liberado no hialoplasma. Ao entrar em contato com as miofibrilas, o cálcio desbloqueia os sítios de ligação da actina e permite que esta se ligue à miosina, iniciando a contração muscular. Assim que cessa o estímulo, o cálcio é imediatamente rebombeado para o interior do retículo sarcoplasmático, o que faz cessar a contração.

A energia para a contração muscular é suprida por moléculas de ATP produzidas durante a respiração celular. O ATP atua tanto na ligação da miosina à actina quanto em sua separação, que ocorre durante o relaxamento muscular. Quando falta ATP, a miosina mantém-se unida à actina, causando enrijecimento muscular. É o que acontece após a morte, produzindo-se o estado de rigidez cadavérica (rigor mortis).
A quantidade de ATP presente na célula muscular é suficiente para suprir apenas alguns segundos de atividade muscular intensa. A principal reserva de energia nas células musculares é uma substância denominada fosfato de creatina (fosfocreatina ou creatina-fosfato). Dessa forma, podemos resumir que a energia é inicialmente fornecida pela respiração celular é armazenada como fosfocreatina (principalmente) e na forma de ATP. Quando a fibra muscular necessita de energia para manter a contração, grupos fosfatos ricos em energia são transferidos da fosfocreatina para o ADP, que se transforma em ATP. Quando o trabalho muscular é intenso, as células musculares repõem seus estoques de ATP e de fosfocreatina pela intensificação da respiração celular. Para isso utilizam o glicogênio armazenado no citoplasma das fibras musculares como combustíveis.

Uma teoria simplificada admite que, ao receber um estímulo nervoso, a fibra muscular mostra, em seqüência, os seguintes eventos:
1. O retículo sarcoplasmático e o sistema T liberam íons Ca++ e Mg++ para o citoplasma.
2. Em presença desses dois íons, a miosina adquire uma propriedade ATP ásica, isto é, desdobra o ATP, liberando a energia de um radical fosfato:
3. A energia liberada provoca o deslizamento da actina entre os filamentos de miosina, caracterizando o encurtamento das miofibrilas.