quarta-feira, 18 de abril de 2012


Resumo de Neuroanatomia

Sistema Motor
Caminho das fibras nervosas:
Córtex Motor Cerebral – Giro Pós-central ou área 4 (origem do 1o neurônio motor)
Coroa radiada
Cápsula interna (entre o Tálamo e o Putamen)
O 1o neurônio motor forma o Feixe Piramidal (feixes córtico-espinhal e córtico-nuclear)
Mesencéfalo
Ponte (onde está o núcleo do VII Par)
Bulbo (origem do 2o neurônio motor, do núcleo do XII Par e do 1o neurônio sensitivo)
Medula Espinhal (2o neurônio motor)
Decussação das Pirâmides.
C1-C7
T1-T12
L1-L5
S1-S5
Fusos Musculares

Região externa da medula: substância branca.
“H” medular: substância cinzenta.
“H” Anterior: neurônios com função motora e contração muscular (segundo neurônio motor ou neurônio alfa) e de tônus muscular (neurônio gama).
“H” Posterior: neurônios com função somato-sensorial.

Função do 1o Neurônio Motor (Piramidal): movimento voluntário muscular e força muscular.
Lesão no 1o Neurônio Motor (Piramidal): fraqueza muscular (paresia) e paralisia muscular (plegia).

Função do 2o Neurônio Motor (Alfa): contração muscular.
Lesão no 2o Neurônio Motor (Alfa): paralisia flácida e amiotrófica.
Função do neurônio gama: tônus muscular.

Na altura da cápsula interna, o 1o neurônio motor forma o Feixe Piramidal, compostos pelos feixes córtico-espinhal e córtico-nuclear.
Feixe córtico-espinhal: segue pela região anterior do tronco encefálico, cruzando para o lado oposto na decussação das pirâmides. Na medula, faz sinapse com o 2o Neurônio Motor (região anterior do “H” Medular).
Feixe córtico-nuclear: segue pela região anterior do tronco encefálico, cruzando algumas fibras (e outras não) para o lado oposto na decussação das pirâmides. Na medula, faz sinapse com os núcleos motores dos pares cranianos (exceto com o VII e XII Par).

Síndrome Piramidal é composta por:
- Fraqueza muscular: paresia (redução de força) ou plegia.
Lesão de um feixe (um lado): hemiparesia ou hemiplegia.
Lesão bilateral na altura cervical: tetraparesia ou tetraplegia.
Lesão bilateral na altura torácica: paraparesia ou paraplegia.
- Flacidez e hipo/arreflexia ou espasticidade (aumento do tônus muscular) e hiperreflexia tendinosa.
Flacidez: ocorre na fase aguda do AVC, do trauma e do choque medular.
Espasticidade e hiperreflexia tendinosa: flexão do MS ou extensão do MI; ocorre na esclerose múltipla, nos tumores ou na fase tardia do AVC ou trauma.
- Sinal de Babinski: reflexo cutâneo-plantar em extensão do hálux e abertura dos pododáctilos. Confirmatórios: Gordon, Openheim, Scheifer e Chaddock.
- Sinal de Hoffman: oposição do polegar e do dedo mínimo após súbita flexão da falange distal do dedo médio.
- Clônus: contrações musculares repetitivas após estiramento do tendão de Aquiles ou do quadríceps.
- Perda dos reflexos cutâneos-abdominais e cremasteriano.

Lesões de um lado só do Feixe Piramidal:
Entre a Cápsula interna e Decussação das Pirâmides: síndrome piramidal contralateral.
Na medula espinhal (abaixo da Decussação das Pirâmides): síndrome piramidal ipsilateral.

Lesões bilaterais (mielite transversa, secção da medula): síndrome piramidal bilateral.

Síndrome piramidal alterna: hemiparesia/plegia do MS de um lado e do MI do outro. Evolui para bilateral. Ocorre no meningioma do forame magno.

Lesões dos pares VII e XII:
- O núcleo do VII Par está na porção inferior da Ponte. Lesões acima da ponte, darão paralisia facial contralateral. Lesões abaixo de ponte (bulbo, medula espinhal) poupam a musculatura facial.
- O núcleo do XII Par está no bulbo. Lesões acima do bulbo, darão paralisia contralateral da língua (crural). Quando o paciente mostra a língua, ela desvia para o lado paralisado. Lesões abaixo do bulbo (medula espinhal) poupam a língua.
- Lesões que acometem a origem do nervo craniano, dão uma lesão ipsilateral, associadas a alterações motoras nos MS e MI contralaterais.

Síndrome de Milard-Gubler-Foville (AVEI da ponte): alteração motora bráqui-crural contralateral e paralisia do VI ou VII par ipsilateral.

Síndrome de Djerine (lesão na pirâmide bulbar): poupa o VII par, com alteração motora bráqui-crural contralateral e paralisia contralateral da língua tipo central (sem atrofia).
Síndrome de Djerine (AVEI na porção antero-medial bulbar): poupa o VII par, com alteração motora bráqui-crural contralateral e paralisia ipsilateral da língua tipo periférica (com atrofia e miofasciculações na hemilíngua lesada).

O cérebro (telencéfalo)é constituído por córtex cerebral (substância cinzenta periférica), substância branca subcortical e gânglios da base (de substância cinzenta).



Sistema Extrapiramidal:
Composta pelos Gânglios da Base e pela Substância Negra.

Os Gânglios da Base são compostos por:
Corpo Estriado = Neoestriado (núcleo caudado + putamen) e Globo Pálido.
Núcleo Subtalâmico.

A Substância Negra é um núcleo neuronal mesencefálico.

O Sistema Extrapiramidal é responsável pela modulação involuntária e automatismo dos movimentos, bem como pelo tônus muscular.
Principais vias eferentes que comunicam informações extrapiramidais aos neurônios motores:
1- Córtico-rubro-espinhal (+ importante);
2- Córtico-retículo-espinhal;
3- Pálido-retículo-espinhal;
4- Tecto-espinhal;
5- Vestúbulo-espinhal;
6- Olivo-espinhal.
Esses feixes cruzam para o lado oposto. Por tanto, o sistema extrapiramidal de um hemisfério cerebral controla os movimentos contralaterais, tal como acontece com o sistema piramidal.

O Neoestriado é o Gânglio da Base mais evoluído e principal. Ele inibe indiretamente a função do córtex motor piramidal e pré-motor.
Seus neurônios são GABAérgicos (neurotransmissor = GABA) e dopaminérgicos (neurotransmissor = dopamina).

Disfunções do Sistema Extrapiramidal:
- Doença de Huntington (contralateral): síndrome hipotônico-hipercinética; a hipoatividade do neoestriado provoca desinibição cortical motora, permitindo a ocorrência de movimentos involuntários e desordenados (coréia, atetose, coreoatetose).
- Doença de Parkinson: síndrome hipertônico-hipocinética; a degeneração da substância negra reduz a dopamina e aumenta a atividade modulatória do estriado, provocando bradicinesia (contralateral).

Dopamina (L-dopa) e anticolinérgicos: inibem o neoestriado. Piora a coréia e melhora o parkinsonismo.

O neoestriado inibe o globo pálido externo, que inibe o globo pálido interno, que inibe o tálamo. Ao inibir o GPe, o neoestriado estimula o GPi e inibe o tálamo.

Lesão do GPi = hipercinesia.
Lesão do GPe = parkinsonismo.



O núcleo subtalâmico ativa o GPi, que inibe o tálamo. Uma lesão no núcleo subtalâmico gera Hemibalismo contralateral (movimentos súbitos de arremesso do MS).

Cerebelo: faz o ajuste fino do movimento, permitindo a harmonia perfeita entre os músculos agonistas (que estão contraindo) e os antagonistas.
Os feixes espino-cerebelares não se cruzam.

Divide-se em:
Arquicerebelo:
Núcleos fastidial e vestibulares são responsáveis pela regulação do equilíbrio.

Palicerebelo:
Núcleos emboliforme e globoso e feixes espino-cerebelares são responsáveis pela propriocepção inconsiente.
Núcleo rubro é responsável pelo ajuste fino do movimento.

Neocerebelo:
Núcleo denteado e circuito cortiço-ponto-cerebelo-tálamo-cortical controla o córtex pelo cerebelo.
Núcleo denteado e Triângulo de Mollaret (circuito cerebelo-rubro-olivo-cerebelar).

As áreas motoras e pré-motoras de um hemisfério cerebral se integram ao hemisfério cerebelar contralateral. Como as vias piramidais e extrapiramidais também cruzam para o lado oposto, cada hemisfério cerebelar controla os movimentos do dimídio ipsilateral.
Cerebelo cruza 2 vezes = Síndrome Ipisilateral.
Cérebro cruza uma vez = Síndrome Contralateral.

Síndrome Cerebelar ou Ataxia Cerebelar – é composta por:
Dismetria: dificuldade de parar um movimento em um ponto (prova dedo nariz).
Decomposição do Movimento (assinergia): movimentos sem harmonia; pendulares e grosseiros.
Tremor Intencional: tremor desencadeado ou agravado pelo movimento.
Disdiadococinesia: incapacidade de executar movimentos alternados (como pronação e supinação com ambos os punhos).
Fenômeno do Rechaço: incapacidade de se adaptar prontamente às alterações de tensão muscular. Quando o paciente faz força contra uma resistência, e esta resistência pára abruptamente, segue um movimento violento.
Reflexos Tendinosos Pendulares.
Nistagmo.
Hipotonia Muscular.
Fala escandida: fala arrastada.
Instabilidade postural.
Marcha atáxica: tipo ebriosa.

Sistema Sensorial:

Primeiro neurônio sensitivo (Medula Espinhal): estimulado pelo dive somato-sensorial (doloroso, térmico, pressórico, tátil, vibratório ou proprioceptivo).
Sensibilidade Termo-álgica – fibra: Feixe espino-talâmico lateral - se cruzam. Receptores: Corpúsculos de Krause e Ruffini.
Sensibilidade Vibratória-proprioceptiva (profunda) – fibra: Fascículo grácil (MMII e abdome) e Fascículo cuneiforme (MMSS e tórax) – não se cruzam. Receptores: Órgãos de Golgi dos tendões.
Sensibilidade Tátil protopática (grosseira) – fibra: Feixe espino-talâmico anterior – se cruzam. Receptores: Corpúsculos de Maissner.
Sensibilidade Tátil epicrítica (tato discriminativo) – fibra: Feixe espino-talâmico anterior – se cruzam. Receptores: Meniscos Táteis de Merkel.
Sensibilidade Barestésica (pressão) – fibra: Feixe espino-talâmico anterior – se cruzam ou Fascículo grácil e Fascículo cuneiforme – não se cruzam. Receptores: Corpúsculos lamelares de Valter-Pacini.

Vias ascendentes somato-sensoriais:
Feixe espino-talâmico lateral – vias ascendentes: 2o neurônio (cruza), funículo lateral medular, bulbo, ponte, tálamo, 3o neurônio e córtex sensorial pós-central, áreas 1, 2 e 3. Sensibilidade: Termo-álgica
Fascículo grácil e cuneiforme – vias ascendentes: 1o neurônio (não cruza), cordão posterior da medula, neurônios dos núcleos grácil e cuneiforme da região dorso-medial do bulbo (2o neurônio sensitivo, que cruza e forma as fibras arqueadas internas), sobe pelo lemnisco medial do tronco encefálico, lemnisco espinhal, tálamo (3o neurônio sensitivo) e chega ao córtex sensorial. Sensibilidade: Vibratória-proprioceptiva e Barestésica
Feixe espino-talâmico anterior – vias ascendentes: 2o neurônio (cruza), funículo anterior medular, bulbo, ponte, tálamo, 3o neurônio e córtex sensorial pós-central, áreas 1, 2 e 3. Sensibilidade: Tátil protopática, epicrítica e Barestésica

Sensibilidade dolorosa: testada com uma agulha estéril (mesmas vias da térmica).
Sensibilidade térmica: testada em casos específicos (Hanseníase).
Sensibilidade vibratória: diapasão 128Hz.
Exame de propriocepção consciente: alternando passivamente flexão e extensão de um segmento.

Síndromes dolorosas/tátil:
Síndrome de Brown-Séquard:
Hemianestesia dolorosa e tátil contralateral a lesão;
Hemiparesia/plegia flácida ou espástica contralateral a lesão;
Perda da sensibilidade vibratória e proprioceptica ipisilateral a lesão.

Síndrome do Tronco Encefálico:
Hemi-hipo/anestesia do hemicorpo contralateral a lesão, poupando a face.


Síndrome de Wallemberg:
Hemi-hipo/anestesia do hemicorpo contralateral a lesão;
Hemi-hipo/anestesia da hemiface ipisilateral a lesão.

Síndromes em nível sensitivo:
Secção medular, compressão medular, mielite transversa.
Hipo/anestesia bilateral abaixo da lesão.
Pode ter hiperestesia no dermátomo correspondente à lesão.
Acompanhada por tetraparesia/plegia ou paraparesia/plegia flácida (aguda) ou espástica.

Síndrome cordonal posterior:
Carência de B12 e Tabes dorsalis.
Perda da sensibilidade vibratória, proprioceptiva (ataxia sensorial, marcha atáxica e Romberg positivo) e tátil discriminativa em MMII (geralmente é bilateral).

Síndrome talâmica:
Síndrome Djerine-Roussy (AVEI talâmico):
Distúrbio hemianestésico;
Dor talâmica: dor espontânea de forte intensidade e difícil controle no hemicorpo contralateral.

Tronco Encefálico e pares cranianos:
Formado pelo bulbo, ponte e mesencéfalo.

Formação reticular: malha reticulada de fibras axonais que preenche os espaços entre os núcleos e as vias que passam pelo tronco encefálico, com a função de:
- Manutenção do ciclo de sono-vigília (formação reticular ascendente: neurônios ao nível do mesencéfalo e tálamo);
- Controle da respiração (neurônios da formação reticular do bulbo);
- Regulação do sistema nervoso autonômico;
- Participação do sistema vestibular e extrapiramidal.

Respiração de Cheynes-Stokes (apnéia alternando c/ hiperpnéia): diencéfalo.
Hiperventilação neurogênica central: mesencéfalo.
Respiração apnêustica (pausas prolongadas ao final da expiração): ponte.

Principais Vias Ascendentes do Tronco Encefálico:
Feixe espino-talâmico lateral e anterior;
Lemnisco medial;
Lemnisco lateral;
Feixe espino-cerebelares anterior e posterior.

Principais Vias Descendentes do Tronco Encefálico:
Feixe piramidal;
Feixe cortiço-pontino;
Feixe rubro-espinhal e retículo-espinhal;
Feixe central do tegumento;
Feixe tecto-espinhal e tecto-nuclear;
Feixe simpático central.


Núcleos e Funções dos Pares Cranianos:
Excetuando o I e o II Par, todos os demais passam pelo tronco encefálico.

III Par (oculomotor): responsável pelo movimento do olhar para cima, para baixo e para dentro, abrir as pálpebras e mover as pupilas e corpos ciliares. Sua lesão causa estrabismo divergente (para fora - lateral) no olho ipsilateral. Pode haver diplopia (agravada quando o paciente tenta olhar para cima), ptose palpebral e midríase paralítica.
Síndrome de Parinaud: desvio do olhar conjugado para baixo.

IV Par (troclear): inerva o músculo oblíquo superior, responsável por direcionar o olho para baixo e para fora. Sua lesão causa diplopia e desvio do olho para cima e para dentro.

VI Par (abducente): é responsável pela movimentação do olho para fora (abdução). Sua lesão acarreta perda da abdução do olho: estrabismo convergente e diplopia.

Via de integração entre o III, IV e VI Par: é responsável pelo movimento conjugado dos olhos (ao mesmo tempo para o mesmo lado). A lesão da área 8 cortical provoca, nos 1os dias, o desvio do olhar conjugado para o lado da lesão, oposto ao lado da hemiplegia; comum na esclerose múltipla, dá oftalmoplegia internuclear (incapacidade de aduzir o olho do lado afetado).

V Par (trigêmeo):
Ramo oftálmico: sensibilidade da córnea, porção superior da face, incluindo fronte e dorso nasal e porção ântero-superior do couro cabeludo.
Ramo maxilar: sensibilidade da região maxilar, narinas, lábio superior e arcada dentária superior.
Ramo mandibular: sensibilidade da região mandibular, mento, lábio inferior, arcada dentária inferior e 2/3 anteriores da língua.
Núcleos sensitivos: espinhal do trigêmeo, principal do trigêmeo e mesencefálico do trigêmeo.

VII Par (facial): inerva a musculatura da mímica facial.
Síndromes de AVEI pontino ou Síndrome Cruzada Facial: hemiparesia/plegia bráqui-crural contralateral à lesão (com estrabismo convergente e diplopia), e paralisia facial periférica ipsilateral à lesão.
Síndrome de Millard-Gluber-Foville: isquemia da porção inferior da base pontina.
Síndrome da Porção Inferior do Tegumento Pontino.

VIII Par (vestíbulo-coclear)
- Componente coclear:
Síndromes de Hipoacusia por Distúrbio Neurológico: é a surdez neurossensorial. Difere da surdez de condução por não estar relacionada a problemas no tímpano ou ossículos do ouvido.
Para fazer essa diferenciação, usamos o diapasão 512 Hz, no teste de Rinne. Encosta-se o diapasão vibrando do mastóide e pergunta se ele está escutando um ruído. Quando ele parar de escutar tal ruído, retira-se o diapasão do mastóide e aproxima-o do ouvido, sem encostar. Se ele continuar ouvindo (condução aérea), isso é normal, pois a condução aérea dura mais que a óssea. Se não escutar nada, significa que a surdez é do tipo de condução (Rinne positivo = surdez de condução).
No teste de Weber, encosta-se o diapasão no topo do crânio e pergunta-se se está escutando bilateralmente (normal) ou se o ruído está lateralizado; se laterailzar para o ouvido surdo, a surdez é de condução; se laterailzar para o ouvido sadio, a surdez é neurossensorial.

- Componente vestibular: a maioria desses núcleos está localizada no tegumento posterior.
Geralmente, os núcleos vestibulares de um lado são responsáveis pelo equilíbrio da musculatura ipsilateral. A lesão vestibular de um lado provoca instabilidade postural com tendência a queda para o lado da lesão.
Funções: movimento da cabeça e desvio conjugado do olhar. Numa lesão vestibular unilateral, ocorrerá nistagmo espontâneo para o lado oposto à lesão, já que o sistema vestibular sadio do outro lado tem efeito predominante.

Síndrome vestibular: principal sintoma é a vertigem
- Vertigem rotatória: acompanhada ou não de náusea, vômito, palidez e sudorese.
- Látero-pulsão: instabilidade postural (mesmo de olho aberto), com tendência a queda para o lado da lesão. Pode ser testada com a manobra de Babinski-Weill (5 passos para frente e 5 passos para trás com os olhos fechados) ou pede-se para o paciente abrir os braços e observa que ele tende a cair para um lado. Ou teste de Romberg (se cair sempre para o mesmo lado, é lesão vestibular; se cair aleatoriamente é lesão cordonal posterior de medula).
- Nistagmo: espontâneo ou provocado por manobras.

Síndrome Vestibular Periférica: vertigem rotatória + acentuada, associada à náusea, vômito, zumbido, hipoacusia ipsilateral, palidez e sudorese. Nistagmo: espontâneo ou provocado do tipo horizontal ou rotatório; intermitente, auto-limitado e desaparece com a fixação da visão num objeto.

Síndrome Vestibular Central: vertigem menos acentuada, incessante. Nistagmo contínuo e não melhora com a fixação do olhar; pode ser do tipo horizontal, rotatório ou vertical (patognomônico).

Manobras indutoras de nistagmo:
Manobra de Nylen-Barany ou de Dix-Hallpike: usada para diagnosticar a Vertigem Posicional Benigna (VPB - comum em idosos). O paciente senta no leito com as pernas para frente e o examinador roda sua cabeça 45o para um lado e em seguida trás o paciente para o decúbito dorsal, mantendo a cabeça rodada. Em seguida, o exame é repetido para o outro lado. Na VPB, ocorre nistagmo rotatório e vertigem após 5 a 10 segundos e pode durar 30 segundos. Se for uma vertigem de causa central, o nistagmo ocorre sem período de latência, costuma a ser vertical.

Testes calóricos: após uma otoscopia que revele a membrana timpânica íntegra, com a cabeça do paciente centrada e flexionada a 30o, injeta-se 50ml de água gelada (prova do frio – gerando nistagmo para o lado oposto) ou de água morna (prova do quente – gerando nistagmo para o mesmo lado) no conduto auditivo externo.

Nistagmos fisiológicos: estimulado pela rotação brusca do corpo ou da cabeça, o congênito benigno e o decorrente de amaurose congênita ou na infância precoce.


IX Par (glossofaríngeo) e X Par (vago)
Ambos são responsáveis pelos movimentos dos músculos esqueléticos da faringe (deglutição), laringe (fonação), pelo reflexo do vômito e pela produção de saliva; e pela sensibilidade do pavilhão auricular e ouvido médio.
O IX é responsável pelo paladar do terço posterior da língua e a sensibilidade tátil dolorosa da base da língua, amígdalas e faringe; e ainda pelo engasgo.
O X é o principal nervo do sistema parassimpático, responsável pela musculatura do coração, árvore brônquica e tubo digestivo.
Ex: Síndrome de Wallemberg (AVEI da porção dorso-lateral do bulbo)

XI Par (Acessório): responsável pelo músculos trapézio e ECOM, pelos movimentos do pescoço, cabeça e de levantar o ombro.
Como o ECOM vira a cabeça para o lado oposto ao seu, a lesão no núcleo do XI, causa desvio da cabeça para o lado lesado, e a incapacidade de rota-la para o lado oposto. O ombro do mesmo lado fica mais baixo, e o paciente não consegue levanta-lo.

XII Par (Hipoglosso): responsável pelo controle da hemilíngua ipsilateral.
A lesão do seu núcleo causa desvio da língua para o lado lesado na sua protusão. Mas a lesão acima do bulbo, causa desvio para o lado contralateral.
Ex: Síndrome de Djerine.

Reflexos do Tronco Encefálico:

Reflexos Mesencefálicos:
Reflexo fotomotor e consensual
Reflexo de Convergência

Reflexos Pontinos:
Reflexo óculo-cefálico e óculo-vestibular
Reflexo córneo-palpebral
Reflexo de piscar

Reflexos Bulbares:
Reflexo do engasgo
Reflexo do vômito
Soluço
Reflexo cílio-espinhal

O I Par (olfatório) e o II Par (óptico) não se originam no tronco encefálico. Eles são uma extensão do cérebro e suas fibras pertencem ao SNC, ao contrário dos demais pares de nervos cranianos que compõe o sistema nervoso periférico.

I Par (Olfatório): sua lesão aguda pode causar anosmia, e se for crônica, causa perda progressiva do paladar.


II Par (Óptico): a lesão do seu feixe causará hemianopsia homônima contralateral. Deve ser feito um exame de campimetria visual.
Se houver lesões na alça de Meyer, provoca quadrantanopsia inferior homônima contralateral.
Se houver lesões no quiasma óptico (craniofaringioma, macroadenoma hipofisário), ocorre hemianopsia heterônima bitemporal.
Lesão no córtex cortical causa cegueira cortical (infarto occipital bilateral por êmbolo na bifurcação das artérias cerebrais posteriores).


O Cérebro ou Telencéfalo:
O córtex cerebral (área cinzenta periférica) é dividido em áreas citoarquiteturais numeradas de 1 a 52 (áreas de Brodmann).

Lobo Frontal
Motricidade voluntária e involuntária (automática);
Expressão da linguagem (fala);
Iniciativa;
Raciocínio;
Planejamento;
Solução de Problemas;
Comportamento Social;
Concentração (memória imediata).

O Lobo Frontal se divide em:
- Córtex motor primário (área 4): piramidal; responsável pela motricidade e força muscular do dimídio contralateral. Lesões causam: paresia, plegia e convulsões jacksonianas.
- Córtex pré-motor (área 6): extrapiramidal; contém programas motores, garantindo destreza a tais movimentos contralaterais. Lesões causam: apraxia (dificuldade de realizar o movimento), agrafia sem alexia, ataxia, espasticidade, posturas disotônicas.
- Área do Desvio Conjugado do Olhar (área 8): responsável pelo desvio voluntário do olhar para o lado oposto. Lesão causa: desvio dos olhos para o lado da lesão (lado oposto da hemiplegia). Se o desvio for contrário á hemiplegia, a lesão é do lobo frontal (área 8) por AVE de cerebral média. Se for para o lado da hemiplegia, lesão da ponte por AVE pontino.
- Área da Broca ou da Expressão da Fala (área 44): lesão causa afasia (distúrbio de linguagem), disfasia + hemiparesia/plegia esquerda, mantendo a compreensão do que se fala.
- Córtex pré-frontral Lateral (convexidade anterior): responsável pelo raciocínio, solução de problemas, conclusão, planejamento, iniciativa e vontade. Lesões causam síndrome abúlica (bulia = vontade, iniciativa) ou mutismo acinético. Apatia, não faz nada, diurese e defecação por “transbordamento”.
- Córtex pré-frontral Orbitário e Medial Anterior (comportamento social): armazena aprendizado sobre o que é certo e errado. Lesões causam síndrome da liberação frontal (desinibição, atrevimento, atos constrangedores, hipo/anosmia, nega sintomas).
- Áreas do Sistema Límbico (24, 25 e 32): emoções.


Lobo Parietal:
Capta e processa a sensibilidade somática (tato, dor, temperatura e propriocepção) e a sensibilidade cinestésica.
Integra mensagens da interpretação visual e (em menor grau) da auditiva.
- Córtex Somatosensorial Primário (áreas 1, 2, 3): responsável pela consciência imediata dos sentidos do tato, dor, temperatura, pressão, vibração e propriocepção. Lesões causam hemiparesia/plegia e hemihipoestesia/anestesia (tudo contralateral).
- Córtex Somatosensorial Associativo (áreas 5, 7): são áreas de reconhecimento sensitivo, onde estão armaze3nadas diversas sensações (queimadura, agulhada, beliscão). Lesões causam agnosia (perda da capacidade de reconhecer o estímulo), astereoagnosia (perda da capacidade de reconhecer um objeto pelo tato, mas pode reconhece-lo pela visão, pelo som, pelo cheiro). Acomete o lado contralateral.
- Córtex Associativo Geral (áreas 39, 40): processam informações sensoriais e as comparam com experiências anteriores. Respondem pelo entendimento dos gestos, dos símbolos, da escrita, dos números, da orientação direita-esquerda. Sua lesão causa a síndrome de Gerstmann (agrafia + alexia, acalculia, agnosia, desorientação espacial direita-esquerda, apraxia - dificuldade de realizar o movimento).

Lesões no Lobo Parietal não dominante:
- Síndrome da heminegligência: não reconhecimento do lado esquerdo do seu corpo, deixando-o descuidado, despresado.
- Anosognosia: o paciente não percebe que há algo de errado com seu corpo, negando a hemiplegia.
- Apraxia Construcional: incapacidade de copiar ou desenhar figuras e de construir modelos.
- Apraxia para Vestir-se.

Lobo Temporal:
Audição (porção lateral);
Música;
Compreenção da Linguagem Falada;
Olfato (porção medial);
Memória;
Comportamento Emotivo (porção medial).

- Córtex Auditivo Primário (área 41): responsável pela percepção dos sons. Como há fibras aferentes bilaterais para ambos os ouvidos, sua lesão não causa hipoacusia.
- Córtex Auditivo Associativo (área 42): responsável pelo reconhecimento do som. Uma lesão bilateral causa agnosia auditiva. Uma lesão isolada na área 42 causa amusia (incapacidade de reconhecer melodias).
- Área de Wernicke ou da Compreensão da Fala (área 22): sua lesão (AVE de artéria cerebral média) causa a afasia de Wernicke ou sensorial (não compreende nenhuma palavra que falam para ele, nem o que ele mesmo fala, criando palavras incompreensíveis). Outro tipo de lesão leva a aprosidia sensorial (perda da intonação da fala, sem emoção).
- Área Olfatória (área 28 e 34): úncus e área etorrinal do giro parahipocampal.
- Área da Memória: responsável pela memória dos fatos recentes (hipocampo), como dos fatos antigos (corpo mamilar e giros do lobo temporal medial). Lesões podem causar amnésia lacunar ou total (como no TCE). Na epilepsia, o paciente pode experimentar sensações de deja vu (parece conhecer um lugar onde nunca esteve) ou jamai vu (não reconhece lugares familiares).
- Áreas Comportamentais: sua lesão causa inexplicável raiva e agressividade, ansiedade, pânico, discreta paranóia. Lesões bilaterais determinam ilusões auditivas ou visuais, desorientação, alterações de comportamento, incluindo religiosidade e hipergrafia.

Lobo Occipital:
Visão;
Interpretação visual;
Interpretação espacial;
Interpretação da leitura.

- Córtex calcarino (área 17): responsável pela precepção do estímulo visual. Sua lesão unilateral leva a hemianopsia contralateral. Faz-se campimetria visual.
- Córtex Visual Associativo (áreas 18 e 19): processa e reconhece aquilo que o paciente está enxergando. Uma lesão no hemisfério dominante causa agnosia visual (o paciente enxerga, mas não sabe o que é, não sabe o nome e nem sabe para que serve). Sua lesão bilateral causa a Síndrome de Anton (fica cego, sem reconhecer que está cego). Outras lesões podem causar alexia sem agrafia, incapacidade de distinguir rostos de pessoas conhecidas e síndrome de Balint.

Síndrome de Balint:
Simultanagnosia: perda de a noção espacial, incapacidade de reconhecer cenários e paisagens.
Ataxia Óptica: não consegue alcançar objetos com a mão.
Apraxia Óptica: não consegue desviar olhar voluntariamente numa paisagem ou cenário.

Substância Branca Cerebral:
Preenche o espaço entre o córtex e a substância cinzenta.
Composta por fibras de projeção, fibras longitudinais e fibras transversais (comissuras anterior e posterior e corpo caloso).
Uma lesão no corpo caloso causa a não transmissão de habilidades aprendidas com uma das mãos com a mão oposta. Se tampar o olho direito, não consegue dizer qual o objeto que está vendo com o esquerdo. (pois o estímulo visual chega ao córtex occipital direito).

Sistema Límbico:
Margeia em forma de arco o corpo caloso, formado pelo hipocampo e giro cingulado.
Não se sabe sua função (2006).
Síndrome de Klüver-Bucy: comportamento plácido, passivo aos fatos e ameaças, sem reações de raiva e com intensa liberação sexual.

Diencéfalo: Hipotálamo e Tálamo.

Hipotálamo:
Centro cerebral para todas as funções do SNA, controle sobre a hipófise e sistema límbico.
Combina as emoções com a atuação do SNA.
Regulam a temperatura corporal pelo tônus vascular cutâneo.


Tálamo:
É retransmissora de diversas funções, pois recebe fibras sensoriais de todos os sentidos, menos olfatório.

Funções do Tálamo:
- Coma e vigília: infartos na porção interna do tálamo causa sonolência patológica.
- Função somato-sensorial: termo-álgica e vibratório-proprioceptiva.
- Visão, audição e paladar.
- Função motora.
- Função límbica: modula reações emocionais, controlando o comportamento de defesa e auto-preservação e o afeto.

Síndromes talâmicas:
- Síndrome de Dejerine-Roussy: oclusão da artéria tálamo-geniculada, causando hemianestesia do hemicorpo contralateral para todas as sensibilidades, dor talâmica (espontânea, dimidiada, refratária a analgésicos, piora ac/ emoções e pode responder a anticonvulsivantes).
- Ataxia cerebelar com ou sem Coreoatetose: infarto da porção antero-lateral, causando comprometimento da regulação cerebelar e extrapiramidal dos núcleos talâmicos. Ocorre tremor intencional (mão talâmica).
- Distúrbios de Afetividade: instabilidade emocional, tendência ao riso e choro espasmódico, pelo comprometimento do núcleo anterior, envolvido com sistema límbico

segunda-feira, 29 de agosto de 2011


Segunda-feira, 29 de Agosto de 2011.

APOSTILA DE CÁLCULO DE MEDICAMENTOS

Hoje estamos postando uma apostila de cálculo de medicamentos.
É uma apostila pequena, mas muito interessante.
Para baixar a apostila, acesse o link abaixo.


http://www.4shared.com/document/eswN71Ez/calculo_de_medicamentos.html

Segunda-feira, 29 de Agosto de 2011.

SISTEMA CARDIOVASCULAR


CORAÇÃO

O coração é um órgão muscular oco que se localiza no meio do peito, sob o osso esterno, ligeiramente deslocado para a esquerda.
O coração humano, como o dos demais mamíferos, apresenta quatro cavidades: duas superiores, denominadas átrios (ou aurículas) e duas inferiores, denominadas ventrículos. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito através da válvula tricúspide. O átrio esquerdo, por sua vez, comunica-se com o ventrículo esquerdo através da válvula bicúspide ou mitral.A função das válvulas cardíacas é garantir que o sangue siga uma única direção, sempre dos átrios para os ventrículos.O processo de contração de cada câmara denomina-se sístole. O relaxamento, que acontece entre uma sístole e a seguinte, é a diástole.

CIRCULAÇÃO SANGÜÍNEA

FUNÇÃO DA CIRCULAÇÃO:
Atender as necessidades dos tecidos;
Transportar nutrientes para os tecidos;
Transportar produtos finais do metabolismo para longe dos tecidos;
Transportar hormônios de uma parte do corpo para outra.
Manter ambiente adequado nos líquidos teciduais, para a sobrevida e funcionamento das células.
SANGUE

O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em uma pessoa normal sadia, cerca de 45% do volume de seu sangue são células (a maioria de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares. Este movimento circulatório do sangue ocorre devido à atividade coordenada do coração, pulmões e das paredes dos vasos sanguíneos. O sangue transporta ainda muitos sais e substâncias orgânicas dissolvidas. No interior de muitos ossos, há cavidades preenchidas por um tecido macio, a medula óssea vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas.
Glóbulos vermelhos: os glóbulos vermelhos são corpúsculos vermelhos do sangue. Um milímetro cúbico do sangue contém cerca de cinco milhões de corpúsculos ou glóbulos vermelhos, chamados também de eritrócitos ou hemácias. Uma variação de 4 a 6 milhões é considerada normal e uma de 8 milhões pode ser encontrada em indivíduos que vivem em regiões de grande altitude. Esse número pode ser menor que 1 milhão em caso de anemia grave. Os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina.

Hemoglobina: a hemoglobina é constituída por um pigmento vermelho chamado heme, que dá a cor vermelha característica do sangue. É um pigmento especial predominante no sangue, cuja função é transportar o oxigênio. Transporta o oxigênio dos pulmões até os tecidos do corpo. Depois, inverte sua função e recolhe o dióxido de carbono, transportando-o até os pulmões para ser expirado.

Plaquetas: as plaquetas são pequenas massas protoplásticas anucleares, que aderem à superfície interna da parede dos vasos sanguíneos no lugar de uma lesão e fecham o defeito da parede vascular. Tem cerca de 200.000 a 300.000 plaquetas, denominadas trombócitos, no sangue.

Glóbulos Brancos: no sangue, temos de 5.000 a 10.000 corpúsculos ou glóbulos brancos (células brancas do sangue), que recebem o nome de leucócitos. De 4.000 a 11.000 glóbulos brancos por mm3. São de vários tipos principais:
Neutrófilos - Que fagocitam e destroem bactérias;
Eosinófilos - Que aumentam seu número e se ativam na presença de certas infecções e alergias; Basófilos - Que segregam substâncias como a heparina, de propriedades anticoagulantes, e a histamina;
Linfócitos - Que desempenham um papel importante na produção de anticorpos e na imunidade celular; Monócitos - Que digerem substâncias estranhas não bacterianas.

VASOS SANGÜÍNEOS: Atuam como sistema fechado de condutos passivos, que leva sangue aos tecidos , onde os nutrientes e os produtos finais do metabolismo são trocados, e promove-lhe o retorno. Participam ativamente da regulação do fluxo sangüíneos para os órgãos.

O CIRCUITO
sangue oxigenado enche o ventrículo esquerdo.
Sangue é ejetado do ventrículo esquerdo para a aorta.
O débito cardíaco é distribuído pelos diversos órgãos.
O fluxo sangüíneo dos órgãos é coletado pelas veias.
Retorno venoso para o átrio direito.
Sangue misto enche o ventrículo direito para a artéria.
O sangue é ejetado pelo ventrículo direito para as artérias pulmonar.
O fluxo sangüíneo dos pulmões retorna ao coração por meio das veias pulmonar.

HEMODINÂMICA

Este termo designa os princípios que governam o fluxo sangüíneo, no sistema vascular. Estes princípios físicos são os mesmos que se aplicam ao movimento dos fluidos em geral.
Os conceitos de fluxo, pressão, resistência e capacitância são aplicados ao fluxo sangüíneo para o coração e do coração para os vasos.

TIPOS E CARACTERÍSTICA DOS VASOS SANGÜÍNEOS

ARTÉRIAS:

· A aorta é a maior delas;
· Artérias médias e pequenas se ramificam das da aorta;
· A função das artérias é levar sangue oxigenado para os órgãos.
· São estruturas com paredes grossas e extenso desenvolvimento de tecido elástico, músculo liso e tecido conjuntivo.
· A espessura da parede da arterial é característica especial pois recebem sangue diretamente do coração e estão submetidas a altas pressões atuantes sobre os vasos sangüíneos.
· O volume de sangue, contido nas artérias é chamado de volume estressado
( significando que o volume de sangue está submetido a altas pressões).

ARTERÍOLAS:
· São os menores vasos arteriais.
· Suas paredes apresentam extenso desenvolvimento do músculo liso e estas paredes estão tonicamente ativas (sempre contraído).
· São locais de alta resistência ao fluxo sangüíneo.
· São amplamente inervados por fibras nervosas simpáticas ( Adrenérgica a , b 2 e colinérgicos muscarínicos).

CAPILARES:
· Os capilares são estruturas de paredes muito delgadas, revestida de um só camada de células endoteliais, circundada por uma lâmina basal.
· Os capilares são os locais onde os nutrientes, gases, água e solutos são trocados entre sangue e os tecidos.
· As substâncias lipossolúveis ( O2 CO2) cruzam a parede do capilar por se dissolverem e se difundirem pelas membranas das células endoteliais.
· As substâncias hidrossolúveis (íons) cruzam as paredes do capilar por meio de fenda (espaços) entre células endoteliais ou por grandes poros (capilares fenestrados).
· Nem todos os capilares são todo tempo perfundidos com sangue. Ocorre perfusão seletiva dos leitos capilares dependendo das necessidades metabólicas dos tecidos.

VÊNULAS E VEIAS:
· As vênulas são estruturas de paredes finas.
· As veias são formadas pela camada usual de células endoteliais e pequenas quantidades de tecido elástico, músculo liso e tecido conjuntivo.
· As veias têm capacitância muito grande (capacidade para armazenar sangue).
· As veias contêm a maior porcentagem de sangue de todo sistema cardiovascular.
· a porcentagem de sangue contido nas veias é chamado volume não-estressado (submetido a baixas pressões).
· O músculo liso das paredes das veias como o das arteríolas é inervado por fibras nervosas simpáticas. O ­ da atividade nervosa simpática provoca contração das veias assim reduz a capacitância e por conseguinte reduz o volume não estressado.

CIRCULAÇÃO PORTAL
A circulação portal é um sistema auxiliar do sistema nervoso. Um certo volume de sangue procedente do intestino é transportado para o fígado, onde ocorrem mudanças importantes no sangue, incorporando-o à circulação geral até a aurícula direita.

CIRCULAÇÃO PULMONAR
O sangue procedente de todo o organismo chega à aurícula direita através de duas veias principais; a veia cava superior e a veia cava inferior. Quando a aurícula direita se contrai, impulsiona o sangue através de um orifício até o ventrículo direito. A contração deste ventrículo conduz o sangue para os pulmões, onde é oxigenado. Depois, ele regressa ao coração na aurícula esquerda. Quando esta cavidade se contrai, o sangue passa para o ventrículo esquerdo e dali, para a aorta, graças à contração ventricular.

CIRCULAÇÃO LINFÁTICA
A diferença de pressão na parte do capilar que conduz sangue arterial é maior que a diferença no lado venoso, sendo assim, a quantidade de líquido que sai do capilar é maior do que a quantidade que volta, então o excesso de líquido que sai do capilar é maior do que a quantidade que volta.

FUNÇÕES DA LINFA
Recolher proteínas que podem vazar dos capilares devolvendo-as ao sangue.
Absorve gorduras do intestino além de defesas.

A ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO

Nódulo sinoatrial (SA) ou marcapasso ou nó sino-atrial: região especial do coração, que controla a freqüência cardíaca. Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior e é constituído por um aglomerado de células musculares especializadas. Devido ao fato do nódulo sinoatrial possuir uma freqüência rítmica mais rápida em relação às outras partes do coração, os impulsos originados do nódulo SA espalham-se para os átrios e ventrículos, estimulando essas áreas tão rapidamente, de modo que o ritmo do nódulo SA torna-se o ritmo de todo o coração; por isso é chamado marcapasso.Sistema De Purkinje: embora o impulso cardíaco possa percorrer perfeitamente todas as fibras musculares cardíacas, o coração possui um sistema especial de condução denominado sistema de Purkinje.

ATUAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO NO CORAÇÃO

O sistemanervoso que atua no coração é o sistema nervoso autonomico simpatico e parassimpatico. Simpatico: taquicardia( aumento da frequencia cardiaca), aumento da força de contração,aumento do fluxo sangüíneo através dos vasos coronários visando a suprir o aumento da nutrição do músculo cardíaco(diminuição do debito). O simpatico atua no processo de luta ou fuga. Quando a disturbios fisiologicos como hipertensão a descarga simpatica fica aumentada. Parassimpatico:bradicardia(diminuição da frequencia cardiaca), diminuição da força de contração, diminuição do debito cardiaco. O parassimpatico geralmente atua nos processos de repouso. Na hipotensão o parassimpatico tem predominancia em relação ao simpatico.

REFERÊNCIA:

http://fisiologiaunifor.blogspot.com/2007/04/sistema-cardiovascular.html

FISIOLOGIA CELULAR


FISIOLOGIA CELULAR

Cerca de 45% a 70% da massa corpórea é formada por água. A água é inversamente proporcional a quantidade de gordura corpórea. As mulheres apresentam menor volume de água corpórea em relação ao home, já que ela apresenta maior porcentagem de tecido adiposo.

DESTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NO CORPO

Meio Intracelular à cerca de 2/3 dos líquidos se encontram no meio intracelular.
Meio Extracelular à cerca de 1/3 dos líquidos encontram-se no meio extracelular. Plasma e liquido intersticial.

O pH no meio intracelular é mais acido do que no meio extracelular. No intracelular o pH é de 7.0 e no extracelular e 7.4. A osmolaridade promove o equilíbrio entre o meio extracelular e o meio intracelular, no meio intra e extracelular essa osmolaridade é de 300 m/osm/ L.

COMPONENTES DO MEIO INTRA E EXTRACELULAR

O meio intra quanto o extracelular é formado tanto por líquidos quanto por eletrólitos e a regulação dessa quantidade desses no meio intra e extra é chamado de Homeostasia que significa o equilíbrio entre os dois meios.
Principal cátion do LEC é o Na+ e o ânion que contrabalança é o Cl- e bicarbonato.
Principal cátion do LIC K+ e Mg²+ e ânion são as proteínas e fosfatos orgânicos.

Obs: O cálcio fica localizado nos retículos sarcoplasmatico, daí pouca concentração no meio intracelular.

ELETRONEUTRALIDADE DOS COMPARTIMENTOS LIQUIDOS DO CORPO

Cada compartimento líquido do corpo obedece a regra da eletroneutralidade. Cada compartimento tem a mesma quantidade de cátions e ânions. Mesmo que haja uma diferença de potencial, o balanço entre as cargas se mantém maciças.

COMPOSIÇÃO DA MEMBRANA PLASMATICA

A membrana plasmática é formada de ácido graxo parte hidrofóbica e glicerol parte hidrofílica, o que a caracteriza como uma membrana anfipática.

Bicamada de lipídios - 55% fosflipidios
25% colesterol
13% outros lipídios ( trigliceridios)
4% carboidratos
Essa composição lipidica da membrana é responsável pela manutenção da permeabilidade, sendo altamente permeável a substancias lipossolúveis e baixa permeabilidade a substâncias hidrossolúvel.
Depois da água as proteínas são as 2ª maiores composições da massa corpórea. A proteína na membrana serve como transporte para varias substancias hidrossolúveis que não conseguem passar pela bicamada lipidica da membrana plasmática, enzimas, e receptores para hormônios.

TIPOS DE PROTEÍNAS
CANAIS AQUOSOS: transporta substancias do meio intra para o extra e vise – versa sem muito gasto de energia.
PROTEÍNAS PERIFERICAS: encontram-se localizadas nas extremidades da membrana e serve como receptores, mandando sinais para o interior da célula.
PROTEÍNAS INTEGRAIS: atravessam a membrana toda e serve para transporte de substancias hidrossolúveis.

DIFERENÇAS QUE AFETAM NA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA

Espessuraà quanto maior a espessura menor a difusão.
Lipossolubilidadeà Quanto mais lipossolúvel maior a difusão.
Numero de canais protéicosà o numero de canais e proporcional a área da membrana.
Temperaturaà quanto maior a temperatura maior a difusão.
PM das substancias difusorasà quanto maior PM menor a difusão.

Obs: A temperaturaá torna a membrana mais permeável ao sódio promovendo uma despolarização o que leva as convulsões quando essa temperatura excede aos níveis normais de 36° a 36,6°C.

EQUILIBRIO DE GIBBS – DONNAN

É o equilíbrio entre as cargas positivas e negativas presente na membrana. O plasma é composto de proteínas plasmáticas (exemplo albumina), essas proteínas têm cargas negativas que promove a redistribuição dos pequenos cátions e ânions, através da parede do capilar. Quando esse plasma é filtrado, ou seja passa dos vasos para os tecidos ele se transforma em liquido intersticial , esse liquido não possui as proteínas plasmáticas que ficam retidas dentro do vaso o que leva a conseqüências secundarias ao equilíbrio da eletroneutralidade.

TRANSPORTE ATRAVES DA MEMBRANA

TRANSPORTE PASSIVO: SIMPLESà movimento cinético de íons ou moléculas nos espaços intermoleculares.
FACILITADA: à movimento de íons ou moléculas com ajuda de proteínas carreadoras.
Toda forma de transporte mediado por carreador tem três características: saturação, estéreo-especificidade, competição.

TRANSPORTE PASSIVO: realizado através do interstício da membrana. Ex: substancias lipossolúveis O2, CO2 ou canais aquosos em proteínas carreadoras.
TRANSPORTE ATIVO:
PRIMÁRIO: utiliza energia diretamente do ATP. Ex: bomba sódio potássio ATPase ( exerce controle no volume celular e mantém o potencial de ação) e Ca2+ ATPase.
SECUNDÁRIO: Co-transporte e contratransporte.

OSMOSE: é o fluxo de água através da membrana semipermeável, devido a diferença de concentração de solutos. Essa concentração leva a uma diferença pressão osmótica e essa dessa pressão faz com que a água flua por osmose.
PRESSÃO OSMOTICA: é a pressão necessária para impedir o fluxo de água pela membrana semipermeável.

CANAIS IONICOS: são proteínas integrais que quando aberto permite a passagem de certos íons, sendo seletivos. Esses canais são controlados por comportas. Tipos de canais:
CANAIS VOLTAGEM DEPEDENTE: são controladas pela variação de potencial de membrana.
CANAIS LIGANDO DEPENDENTE: depende da ligação da molécula para se abrir, essas podem ser hormônios, neurotransmissores e segundo mensageiro.
POTENCIAL DE DIFUSÃO: É a diferença de potencial gerada na membrana quando o íon se difunde.
POTENCIAL DE EQUILIBRIO: as forças químicas e elétrica age nas cargas iguais mais opostas levando ao equilíbrio.
PERIODO REFRATARIO:
ABSOLUTO: no período refratário absoluto um potencial de ação não ocorre enquanto o ultimo não estiver cessado.
RELATIVO: pode gerar um outro potencial de ação, mas se o estimulo for grande o suficiente para atingir o limiar. Esse potencial tem que ser de –40mV.

POTENCIAL DE AÇÃO
O potencial de ação é um fenômeno das células excitáveis, consistindo em despolarização seguida por repolarização.
PROPAGAÇÃO: ocorre na mesma intensidade de estímulo. A propagação ocorre de maneira continua onde despolariza e repolariza até o destino.
VELOCIDADE DE CONDUÇÃO: envolve a constante de tempo. Essa tem que ser menor para que a velocidade de condução seja rápida. A velocidade de condução também depende da resistência. Quanto maior a resistência, menor a área, mais lenta a propagação.
FIBRAS AMIELINIZADAS: a velocidade de propagação é lenta, pois o potencial percorre por toda fibra numa alta resistência. Velocidade de 0.25m/s.
FIBRAS MIELINIZADAS: a mielina aumenta a resistência periférica, só que não diminui a velocidade de condução, pois o potencial de ação vai percorrer por junções comunicantes ( Nodo de Ranvier), onde tem uma resistência menor, daí a velocidade de propagação é rápida. Essa propagação é chamada de saltitante.

TIPOS DE SINAPSES
ELETRICA: a corrente flui de uma célula excitável para a seguinte via de baixa resistência ( junções comunicantes). É encontrado no músculo liso e cardíaco.
QUIMICA: é transmitida através da fenda sináptica pelo neurotrasmissor, sendo unidirecional, da célula pós sináptica para a pré sináptica.

JUNÇÃO NEUROMUSCULAR:
UNIDADE MOTORA:
Motoneurônio: São as células cujos os nervos suprem as fibras musculares
Unidade Motora: Um só motoneurônio e todas as fibras que este inerva.

1. Os potenciais de ação se propagam ao longo do axônio. Essa propagação do potencial vai atingir a fenda pré - sináptica onde vai induzir abertura dos canais de cálcio, esse cálcio influi para a terminação, ao longo do seu gradiente eletroquímico.
2. A entrada de Ca2+, promove a liberação de acetilcolina, sintetizada e armazenada em vesículas neurais.
3. A Ach se difunde através da fenda sináptica até a pos – sináptica, onde se liga ao receptores nicotínicos, esse sendo ligando dependente. Essa ligação vai induzir modificação da estrutura do receptor onde vai gerar a ativação e induzindo a abertura dos canais de Na+ e K+ .
4. Quando os canais de Na+ e K+ , ele irão se difundir e o Na+ irá causar uma despolarização da placa motora gerando um potencial de ação que se propaga ao longo da fibra.
5. Essa placa só atinge o potencial de repouso quando a Ach é degradado em colina + acetato pela acetilcolinesterase.
AGENTES QUE ALTERAM O FUNCIONAMENTO DA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR

Tóxina botulínica - Bloqueia a liberação de Ach pelas terminais pré-sinápticas.
Curare- Compete pelos receptores nicotínicos daplaca motora diminuindo o PPM.
D- tubocurarina- compete com a Ach nos receptores e é usada para relaxar a musculatura Esquelético.
Inibidores da acetilcolinesterase- Neostigmina, impede a degradação da Ach na fenda sináptica. Prolonga e aumenta a ação da Ach.Usada para tratar Miastenia gravis.
Miastenia gravis- Doença que leva a uma fraqueza do músculo esquelético e fadigabilidade. Os receptores de Ach são bloqueados por anticorpos.
Hemicolínio- Bloqueia a recaptação da colina pela terminal pré- sináptica.

TIPOS DE DISPOSIÇÃO DAS SINÁPSES
Sinapses de um para um
Sinapses de um para muitos ( O motoneurônio produz rajada de PA na célula pos-sináptica)
Sinapses de muitos para um (muitas células pré-sinápticas convergem para uma pós-sináptica
A Entrada Sináptica – Potenciais Pós sinápticos Excitatório e Inibitório
Potenciais Pós sinápticos Excitatório – despolarizam células pós-sinápticas (PPSEs) -abertura de canal de Na+
Neurotransmissores: noradrenalina (NA), Acetilcolina (Ach), Dopamina, epinefrina e serotonina.
Potenciais Pós sinápticos Inibitório- Hiperpolarizam a célula pós-sináptica (PPSIs) - abertura de canal de Cl-
Neurotransmissores: gama-aminobutírico (GABA) , Glicina.

INTEGRAÇÃO DA INFORMAÇÃO SINÁPTICA
Somação Espacial
Duas entradas pré-sinápticas chegam à célula pós-sináptica ao mesmo tempo.
Somação Temporal
Duas entradas pré-sinápticas chegam à célula pós-sináptica em rápida sucessão.

OUTROS FENÔMENOS QUE ALTERAM A ATIVIDADE SINÁPTICA
Facilitação, aumentação e potenciação pós-tetânica.
Talvés por acúmulo de Ca++.
Fadiga sináptica estimulação repetitiva produz resposta menor do que a esperada.
REFERÊNCIA:
LINDA S. CONSTANZO. Fisiología . Guanabara Kogan, Rj 1995.
Conteúdo retirado do material didático da professora Edlene Felix

terça-feira, 21 de junho de 2011

Normas da ABNT para monografia, e suas estruturas principais.


AS PARTES DE UM TRABALHO:


CAPA:

É a cobertura do trabalho, e nela deve-se colocar:
Nome da Faculdade e seu respectivo logotipo
Título ou nome do tema do trabalho
Nome do aluno
Data e mês do ano.
Nome do Aluno
Título ou nome do tema do trabalho
Em um cantinho da folha deve constar ä que se destina o trabalho, e o nome do professor que está orientando na elaboração do mesmo.
Data mês e ano.
No caso de Teses e Dissertações, o verso da folha de rosto devem conter a ficha catalográfica do trabalho.

DEDICATÓRIA:

é feita como uma forma de homenagear-se algum parente, professor, ou alguma pessoa ligada a você sentimentalmente.

AGRADECIMENTO:

Os agradecimentos devem ser dirigidos à aqueles que realmente contribuíram de maneira relevante para a elaboração do seu trabalho, e pode ser dirigido a personalidades do mundo acadêmico, à professores, colegas ou alunos.

RESUMO:

É a apresentação concisa do conteúdo do trabalho, na sua língua original, sendo que algumas faculdades exigem que seja feito também em inglês, por ser considerada uma língua franca mundial.
O resumo também recebe os nomes de resumo analítico, sinopse ou abstract.

SUMÁRIO:

É relação dos capítulos e seções do trabalho, na ordem em que aparecem, incluindo a numeração do titulo ou capítulo ou seção, número da página inicialmente ligada ao título por linha pontilhada.

TEMA OU TÍTULO DO SEU TRABALHO:

Como dissemos inicialmente Monografia é a exposição exaustiva de um problema ou assunto específico, investigado cientificamente.
Antes de escolher um tema verifique se existe farto material para sua consulta, se acaso estiver fazendo um trabalho de caráter bibliográfico.
Nunca escolha um tema que você não domine, ou não tenha um conhecimento razoável do mesmo, pois se você tiver que apresentá-lo a uma banca, estará mais exposto a emprevistos.

INTRODUÇÃO:

A introdução é a parte do texto onde o assunto é apresentado como um todo sem detalhes. Deve conter exposição dos objetivos, formulação de hipóteses e delimitação do assunto tratado.

CORPO DE TRABALHO:

É o desenvolvimento do assunto constituído de capítulos, seções e parágrafos.
Se você estiver fazendo um trabalho a nível bibliográfico, ou seja, baseado em outros autores deverá ao final da transcrição também chamada de citação ,colocar entre parênteses o nome do autor, e do ano, ou seja, deverá citar de onde tirou tal informação

PAGINAÇÃO:

A capa, contra capa, dedicatória, agradecimento e sumário, são contadas mas não são numeradas.
Só se coloca número de páginas na segunda folha depois da introdução.

FIGURAS E TABELAS:

As figuras compreendem: desenhos, fluxogramas, fotografias, organogramas, etc. Devem ter numeração consecutiva em algarismos arábicos, sem distinção entre os diferentes tipos. As legendas devem ser localizadas logo abaixo das figuras, precedidas da palavra "FIGURA" e do número de ordem.
As tabelas constituem uma categoria específica de ilustração. O título da tabela deve figurar na parte superior da mesma, precedido da palavra "TABELA" e da numeração em algarismo arábico, e ser auto-explicativo indicando onde e quando o fato foi estudado.
Pode-se fazer uso de notas e chamadas colocadas no rodapé da tabela, quando a matéria contida na mesma exigir esclarecimentos. As tabelas nunca são fechadas por linhas laterais.
Tanto as figuras, quanto as tabelas devem ser inseridas o mais próximo possível do texto a que se referem, e após sua menção.

ANEXOS:

material suplementar ao texto colocado após o mesmo para fins de esclarecimento ou documentação. A paginação dos anexos continua a do texto. Os anexos são numerados com algarismos arábicos, seguidos do título.

CONCLUSÃO:

Deve ser fundamentada no texto de seu trabalho, devendo conter deduções lógicas que correspondam aos objetivos da pesquisa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

citação das fontes bibliográficas utilizadas pelo autor, organizadas alfabeticamente e numeradas em ordem crescente, ou por ordem de aparecimento no texto.
Na lista de Referências Bibliográficas só constam as fontes citadas no texto. Caso seja conveniente incluir material sem menção específica no texto, isto deve ser feito sob o título de Obras Consultadas ou Bibliografia Recomendada.
Na referência bibliográfica, a segunda linha e subseqüentes iniciam sob a terceira letra da primeira linha.
A entrada é feita pelos sobrenomes em maiúsculo dos autores, separados por ponto e vírgula, mencionados na ordem em que aparecem na publicação.
Quando a obra tem até três autores, todos são colocados na entrada. Quando há mais de três, colocam-se até os três primeiros, seguidos da expressão "et ai.".
Sendo necessária, pode-se mencionar todos os autores do trabalho, mas este procedimento tem que ser igual para todas as referências bibliográficas.
Quando a obra é escrita por diversos autores e está sob a responsabilidade de um Editor, Organizador ou Coordenador, a entrada é pelo sobrenome deste responsável acompanhado entre parênteses pela abreviatura da função editorial.

EXEMPLOS:

SCHENKEL, E.P. (Org.)
GENNARO, A.R. (Ed.)
No caso de obras de responsabilidade de Organizações ou outro tipo de Instituição, a entrada é feita pelo nome da Instituição todo em maiúsculas.


Exemplo: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Órgãos governamentais entram pelo local de sua jurisdição. Seções subordinadas são mencionadas após o nome da Instituição, separadas por ponto e com iniciais maiúsculas.
Exemplo: BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria de Contabilidade.
Nome do aluno Monografias consideradas no todo: livros, folhetos, separatas, dissertações.

COM AUTORIA.:

Modelo :. Autor. Título. Edição. local: editora, ano de publicação.

Exemplos:
KOROLKOVAS, Andrejus; BURCKALTER, Joseph. Química Farmacêutica. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 1987.
ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Uso de Medicamentos Esenciales. Ginebra,1985. (Sede de Informes Técnicos, 685)
GILMAN, A.G. et ai. (Ed.) Goodrnan e Gilman as bases farmacológicas da terapêutica.8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1 990.

Sem autoria específica:
Modelo: Título. Edição. local: editora, ano de publicação. Exemplos:
FARMACOPÉIA Brasileira. 4.ed. São Paulo: Atheneu, 1988.
PHYSICIAN'S Desk Reference. 42.ed. Oradeli: Medical Economics, 1988.
Anais de Congresso

Modelo: TÍTULO DO ENCONTRO, número do Congresso, ano, local. Referência da publicação.

PARTES DE MONOGRAFIA

Sem autoria específica na parte:.

Modelo: AUTOR DO LIVRO. Título. Edição. local: Editora, ano de publicação. localização da parte referenciada ( volume, título do volume, capítulo, páginas inicial e final)
Exemplo:
FARMACOPÉIA Brasileira. 4.ed. São Paulo: Atheneu, 1988. Pt. 1, cap. V.3.4.
REYNOLDS, J.E.F. (Ed.) Marfindale the Extra Pharmacopoeia. 29.ed. London:Pharrnacoutical Press, 1989. Pt.l, p.1-13.

Com autoria na parte:

Modelo: AUTOR da parte. Título da parte. ln: AUTOR do livro. Título do livro. Edição. Local: Editora, ano de publicação. Localização da parte referenciada(volume, etc.)

Exemplo:
SONNEDECKER, G. Evolution of Pharmacy. ln: GENNARO, A.R. (Ed.) Remington's Pharmaceutical Sciences. 17.ed. Easton, Mack, 1985. Cap. 2, p. 8-18.
Trabalhos publicados em Anais de Congressos, Simpósios, etc.

Exemplo:
PILLI, R.A.; MURTA, M.M.A. A stereose approach to the total synthesis of invietolide. ln: SIMPOSIO BRASIL-CHINA DE QUIMICA E FARMACOLOGIA E PRODUTOS NATURAIS, 1, 1989, Rio de Janeiro. Programas e Resumos... Rio de Janeiro:0swaldo Cruz, 1989. p. 38.

ARTIGOS PERIÓDICOS

Modelo: AUTOR do artigo. Título do artigo. Título do periódico, local, número do volume, número do fascículo, páginas inicial e final, mês e ano.

Exemplo:
OLIVEIRA, Denise Soares. lnteração medicamentosa: parte 1. Caderno de Farmácia, Porto Alegre, v.2, n.1, p. 3-20,1986.
BULAS
Modelo: NOME DO LABORATÓRIO. Nome do medicamento. Local de fabricação, data, número de folhas. Bula.
Exemplo:
QIF. Amidalin. São Paulo, 1986. 1f. Bula

PATENTES

Modelo: NOME DO DEPOSITANTE, Nome do Inventor, Nome do Titular. Título da patente, na língua original. Classificação internacional da patente. Sigla do país, seguida do número da patente. Date do depósito. Indicação da publicação onde foi citada a patente, se for o caso.

Exemplo:
COMMODITIES TRADING AND DEVELOPMENT LIMITEED. Processo e instalação para alcalinizar e pasteurizar as sementes de cacau antes de seu esmagamento. lnt. Cl. A 23G1/02. BR n. Pi 8002165. 2 abr. 1980. Revista da Propriedade Industrial, Rio de Janeiro, n.527, p. 15, 25 nov. 1 980.

MATERIAL PESQUISADO EM BASE DE DADOS
Modelo: AUTOR do artigo. Título do artigo. Título do periódico, local, volume, número, páginas inicial e final, data. Título da publicação onde foi citado, local, data. Resumo.

Exemplo:
FRIEDMAN, W. On routes and routines: the earíy development of spatial representations. Cognitive Development, Norwood, v.3, n.2, p. 167-182, Apr. 1988. Medline, local da base, 996. Resumo.

MATERIAL ENCONTRADO NA INTERNET

Modelo: Dados de uma referência normal. Notal no final:
Disponível na lnternet no endereço http:/~....

Exemplo:
UFRGS. Instituto de Informática. Curso de Pós-Graduação em Ciência da Computação. Biblioteca. Normas para apresentação de monografias ao CPGCC. Porto Alegre,1995. Disponível na lnternet no endereço http:/~.inf.ufrgs.biblioteeamtimlnormas.asp.