A condição de enfermo gera sentimentos de incapacidade, dependência, insegurança e a sensação de perda de controle sobre si mesmo. Estar na condição de internado em unidade hospitalar, longe de sua família e de seus hábitos revelando a fragilidade do ser em questão que se vê exposto não só as condições físicas como também emocionais, este paciente se sente invadido por profissionais acostumados com a profissão que ignoram a necessidade de pedir autorização ou até informar o procedimento que será realizado, muitas vezes o doente por pensar ser este o método correto para seu bem estar se priva do questionamento acerca da sua integridade física. As relações sociais e de poder sugerem que profissional de saúde tem o direito de manipular o corpo do enfermo sem prévia autorização, expondo sua nudez como algo normal, o que na verdade para o enfermo é um fator a mais de estresse e sofrimento que vem a dificultar sua adaptação no ambiente hospitalar por supor que a nudez está diretamente ligada a sensualidade e sexualidade, gerando desconforto e dificuldade em prosseguir com a terapêutica.
Entendendo que a privacidade é uma necessidade e um direito de todo ser humano e que o enfermeiro é o profissional que está constantemente com o doente, a postura correta da enfermagem é a de resguardar esses direitos mantendo a integridade do paciente, este deve saber como lidar com essa condição, mas inevitavelmente em algum momento a enfermagem irá invadir essa privacidade a fim de realizar certos procedimentos desde que estejam respaldados pela lei e dentro das normas hospitalares e que venham promover a recuperação do cliente. Sendo assim, as comissões de ética vêm exercer suas funções de analisar, interpretar e adequar às atividades profissionais conforme decisões do Conselho Regional de Enfermagem (COREN), tendo como base a ética, que é a ciência da moral, as comissões hospitalares apuram questões encaminhadas para análise e apreciação dos serviços prestados pela equipe de saúde.
O texto nos mostra uma realidade na área da saúde que vem sendo muito criticada, e precisa que nós, na condição de futuros profissionais estejamos atentos para não cometer os mesmos erros, uma vez que no âmbito da nossa profissão deveremos preservar o máximo possível o cliente, fornecendo o cuidado, a atenção e o respeito como ser humano, sendo assim vamos olhar as críticas e torná-las um instrumento a mais para realizarmos o trabalho proposto de maneira correta e eficaz. Entre outros temas este merece atenção especial da parte dos estudantes e profissionais ligados a prática da saúde nele encontraremos orientações de como agir em determinados momentos na vida profissional.
